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Novas soluções para o velho mercado editorial

04/06/2013
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Como competir com as jovens empresas de base tecnológica que estão invadindo o mercado de conteúdo? Juntando-se a elas. Essa é a tese defendida por Javier Celaya, fundador do portal cultural Dosdoce.com e consultor especialista em mercado editorial. Todas as empresas envolvidas na cadeia produtiva do livro digital – incluindo as livrarias digitais, que estão com os dias contados – podem utilizar o conhecimento gerado por pequenas empresas de base tecnológica para dar uma nova dinâmica ao negócio e se tornarem competitivas novamente.

“Para sobreviver na era digital, tudo o que as entidades da cadeia do livro devem compreender é que tecnologia irá se transformar no centro dos seus modelos de negócios. As pequenas e médias livrarias que não abraçarem a tecnologia irão desaparecer na próxima década”, afirma Celaya. Ele irá ministrar uma palestra sobre Desafios para as pequenas e médias livrarias num mundo digital, durante o 4º Congresso Internacional do Livro Digital.

Para ele, abraçar a tecnologia vai além de simplesmente criar uma loja virtual. Significa desenvolver ferramentas tecnológicas de ponta para atender a todas as necessidades dos consumidores contemporâneos – incluindo mobile apps com funções sociais, dentre outras. “Não é fácil competir na internet, mas também não é impossível”, declara.

A falta de competitividade, segundo o consultor, deriva de uma distância que existe entre empresas da cadeia produtiva do livro e empresas de base tecnológica (startups), muitas das quais estão desenvolvendo a cada momento novos produtos e serviços que poderiam solucionar vários gargalos do mercado atualmente. O fato foi comprovado por um estudo publicado recentemente, mostra que apenas 9% dos editores mantẽm uma relação “fluida” com startups.

“Se os conglomerados de mídia, telecomunicações, finanças e companhias hospitalares, dentre outros setores, estão trabalhando com startups relacionadas aos seus setores para, juntos, identificarem oportunidades de negócios, por que as companhais editoriais não poderiam fazer o mesmo?”, questiona. “Na era digital, os editores precisam criar serviços com valores agregados em torno do seu conteúdo, e tais serviços seriam fornecidos por startups”, conclui.

 

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