Nos Estados Unidos a Penguin informou ontem que deve reestabelecer o catálogo para o programa “Get for Kindle” da Amazon, que permite aos proprietários do aparelho emprestar eBooks de bibliotecas americanas. Entretanto, lançamentos não estarão disponíveis para esse modo de leitura, e a backlist deve voltar até o final do ano.
Pouco depois, a Penguin UK anunciou que seguirá a decisão da Penguin US e não oferecerá mais seus lançamentos nos catálogos das bibliotecas. Assim como nos Estados Unidos, não há explicação convincente para o fato, explicando apenas que pretende rever suas regras de segurança.
Carrie Russell, diretora da ALA, Associação de Bibliotecas Americanas, não gostou nem um pouco da história, e deu uma declaração:
Os leitores vêm até a biblioteca para aprender sobre eReaders e ebooks. Nós temos bibliotecários que vão até a Best Buy e outras lojas para ensinar os clientes sobre novos eReaders e como baixar livros. Nós permitimos que o mercado eBook continue.
De acordo com a ALA, uma pesquisa feita nas bibliotecas mostrou que 40% dos usuários do acervo acabam comprando um livro que pegaram emprestado nesses locais. Russell também falou sobre o retorno do catálogo da Penguin:
Este é um grande passo para evitar os desafios que as bibliotecas teriam enfrentado ao negar acesso a usuários da biblioteca. Infelizmente, Penguin não derrubou o embargo (ou período de espera) para o acesso aos futuros lançamentos em formato eBook, deixando as bibliotecas em um dilema sobre quando eles serão capazes de fornecer acesso aos últimas títulos solicitados por seus usuários.
Ainda segundo os dados apresentados por Russell, bibliotecas vêm gastando muito com eBooks no último ano. Ela informou que só a Biblioteca Pública de Nova Iorque investiu mais de US$1 milhão em livros digitais no último ano.
Com informações do TeleRead e The Bookseller.