Pesquisas recentes mostram que os eBooks estão vendendo bem. E não é apenas bem, é muito bem. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles já ultrapassaram as vendas de livros impressos. Globalmente, o mercado é fortemente aquecido e liderado por Índia, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos – nesta ordem.
Uma pesquisa realizada pela Bowker no início do ano mostra um pouco melhor a quantas anda a evolução da popularidade dos eBooks no mundo. O gráfico abaixo mostra os resultados quanto ao “conhecimento” dos participantes com relação à existência dos livros digitais.
É interessante ver que saber que eBooks existem não está diretamente relacionado com comprá-los. Exemplos claros disso são França, Índia e Brasil. Enquanto na terra de Napoleão 81% dos entrevistados afirmaram saber que livros eletrônicos existem, mas apenas 5% já dizem ter comprado um exemplar. Na Índia e por aqui, o conhecimento é menor, mas as pessoas comprar mais.
Olhando ainda para Brasil e Índia, vê-se que as populações de ambos os países estão cada vez mais conectadas e o uso de tablets e smartphones cresce a cada mês. Isso significa que o acesso à esta tecnologia e o aumento da disponibilidade dos livros digitais colocam estas populações mais “dispostas” a experimentar. E é claro que não se pode negar que os livros mais baratos que os impressos também são um excelente incentivo.
Outros números que mostram o quanto os eBooks estão em alta é o número de registros de ISBN, que aumentam progressivamente já há quase 10 anos e é claro que isto tem muito a ver com a chegada dos leitores feitos só para isso, como o Kindle, ou com grande apelo para isso, como o iPad.
Frédéric Filloux, escrevendo para o jornal o Guardian, comenta que é perceptível também a influência de grandes lojas digitais como a iBookstore e a Kindle Store (e Amazon.com), que disponibilizam pré-visualizações dos livros bem grandes, o suficiente para prender a atenção dos leitores e estimular ainda mais a compra.
Neste cenário, deve-se pensar também no caminho que este mercado deve tomar em um futuro próximo, seja na relação da quantidade de livros impressos e digitais, e mesmo de livrarias físicas, que podem desaparecer – assim como Filloux já afirma acontecer em Nova York.