Eu li este artigo e quase caí para trás depois de um trecho.
O diretor de uma livraria de Washington, para vender eBooks, faz o seguinte: treina um funcionário de cada loja para ser o “Guru de eBooks” e prestar assistência direta às pessoas. Até aqui, excelente, a Barnes & Noble faz o mesmo em suas livrarias e tem muito sucesso.
Agora a parte dolorosa:
As the designated answer guru at Village Books, Hanson will sit down with a customer, set up their device, and help them download their first eBook. “We have to set up an account with us, with Google, and with Adobe,” he explained. “Then we make the first purchase.”
The process takes about an hour and a half. “It’s definitely time well spent,” said Hanson. “They’re so happy to see the first book on their device. That’s what independent booksellers do best — one book at a time, one customer at a time. They end up being our most loyal customers.”
Uma hora e meia para configurar um eReader e colocar um livro dentro de um aparelho? E a livraria ainda acha que isso é uma estratégia válida? Minha nossa…
Quando a Amazon vende um Kindle em sua loja online, ele é entregue pronto para usar. A pessoa tira da caixa, compra livros e lê (ou seja, chega configurado com a conta da pessoa na Amazon e seu cartão de crédito). Outras empresas, como a Kobo, estão procurando adotar abordagens semelhantes.
Dá para imaginar uma pequena livraria competindo com Amazon e similares, apostando em eBooks que obrigam as pessoas a criarem 3 cadastros diferentes para um único aparelho, em um processo que requer um “guru de eBooks”? É como se os homens das cavernas tentassem lutar contra o BOPE.
O artigo em si tem várias dicas para os donos de pequenas livrarias buscarem uma convivência com os eBooks, se você é livreiro irá achá-las úteis: http://news.bookweb.org/news/booksellers-share-best-practices-promoting-e-books