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Repórter da Folha de SP confirma: para ler em público e com privacidade, vá de ebook


O enviado especial do jornal Folha de SP a Manchester, Diogo Bercito, comprovou na prática: ebook é o formato mais indicado para quem precisa ler conteúdos “sensíveis” em público.

Voando para Manchester, o repórter leu durante duas horas o livro “The ISIS Apocalipse”, sobre o grupo terrorista islâmico. Ao desembarcar do avião, o repórter ficou detido por duas horas no aeroporto e foi liberado após interrogatório de policiais da unidade de contra-terrorismo.

Pediram para ver o tal livro e anotaram o título. Então tentaram explicar as circunstâncias, dizendo que era compreensível outros passageiros se incomodarem comigo.

Sugeriram que evitasse essa leitura em lugares públicos —para minha própria segurança, pois alguém poderia pensar que sou um terrorista e me agredir. (…) Devolveram o passaporte, mas com um aviso: se quisessem, poderiam me manter por bastante tempo. Poderiam? Com base em quê? Ler um livro?

Eles apontaram para uma placa na parede com parágrafos da lei antiterror vigente. “Bem, não precisamos ter base em nada para isso.”

A breve detenção ocorreu no dia seguinte ao atentado terrorista, que vitimou 22 pessoas em Manchester.

Como já comentamos anteriormente aqui na Simplíssimo, o ebook é o formato ideal para quem precisa ler em público com privacidade. Como as “costas” de ereaders, celulares, tablets etc. não mostram a capa do livro, fica muito mais difícil para quem estiver ao redor descobrir o que alguém lê. A dica é especialmente útil para qualquer leitor que vive, ou irá viajar para zonas de conflito, que praticam censura, ou que estão em alerta contra terrorismo. E também para quem gostaria de ler, sem ser perturbado por quem estiver ao redor…

 

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