A guerra dos tablets já está acirrada no mundo todo, e no Brasil não é diferente. Marcas menos badaladas também estão lançando seus modelos, como a Acer. Seu representante, o Iconia Tab A500, surpreendeu por ser parecido com o Motorola Xoom, e às vezes até melhor, como veremos no teste.
O design não é maravilhoso, mas se diferencia do que estamos acostumados a ver por aí, todos imitando o iPad. O A500 tem a moldura preta ao redor da tela, mas é acompanhado também de acabamento em metal acizentado e escovado. Esse material continua por toda a traseira, exceto nos cantos, onde há plástico cinza. As laterais são de plástico preto brilhante.
Na frente não há nada além da tela e de uma câmera frontal. Na esquerda temos o botão de energia, a entrada para fone e uma conexão microHDMI. No direito temos a entrada para fonte, microUSB, uma USB comum e o furo do reset. Acima ficam os botões de volume, o travamento da tela e a tampinha que protege a entrada para cartões microSD e uma possível entrada para chip SIM – esse modelo é apenas WiFi.
Embaixo temos uma conexão proprietária que não se mostrou útil para nada primeiramente, mas que deve servir de conexão a um possível dock, teclados externos, etc. Atrás fica a câmera com flash e dois falantes.
Temos aqui uma bela tela widescreen TFT capacitiva multitoque de 10.1 polegadas e 800 x 1280 pixels de resolução. Ela brilhante, e suas característica aqui são bem similares ao Xoom. Até o peso geral, de 730 gramas, é o mesmo. Uma tela totalmente ótima para assistir vídeos, e de excelente visão em qualquer ângulo.
O toque é preciso e suave, e o teclado é espaçoso, logo é perfeitamente possível digitar longos textos sem problemas nessa tablet. O esquema de acentuação ficou parecido com o iOS: mantenha uma letra apertada e surgirão as opções para ela.
Aqui falamos sério. A A500, com seu processador de 1GHz NVIDIA Tegra 2 AP20H Dual Core e mais 1GB de RAM não engasga com nada. Ligue quantos aplicativos quiser, execute vídeos, músicas, aplicativos, navegador, tudo. Ela continua firme e forte. A navegação não é fluida e suave como a do iOS, mas isso é problema de sistema, e não do processamento.
Ela funciona bem com todas as outras funções. Vem quase tudo o que precisamos: Wi-Fi 802.11 a/b/g/n, Wi-Fi hotspot, GPS e Bluetooth 2.1 que funciona para transferência de arquivos e também para acessórios como fones e teclados. O Wi-Fi é forte e o GPS é rápido. A Google é muito boa nisso.
É bem esquisito tirar fotos e fazer vídeos com esse super aparelho, mas temos aqui um sensor de 5 megapixels e flash de LED, com autofoco. De dia as fotos saem ok, sem muitos problemas. À noite, porém, a granulação aparece mesmo. Uma outra feature é a gravação de vídeos em formato normal, nada de HD. Funciona legal também, mas nada perfeito.
Na verdade, a principal função das câmeras é a conferência por vídeo. Ainda não há versão otimizada do Skype, mas o bate papo por vídeo funciona fantasticamente pelo Gtalk, é o Face Time da Google, só que com direito a 3G! Para não deixar o amigo tonto o aplicativo vêm com uma função que tenta estabilizar o fundo do vídeo, mantendo seu rosto sempre no mesmo lugar.
É possível usar a câmera frontal, de 2MP, ou a traseira de 5MP, embora você não veja o amigo do outro lado nesse esquema. As duas funcionam bem.
Um dos bons diferenciais da A500 para o Xoom é sua conexão USB, aquela normal, mesmo. Fãs da Apple acharão essa feature uma besteira, dirão que está tudo na internet, que uma conexão proprietária é tudo o que precisam. Mas nem todo mundo gosta das restrições da Apple, e uma conexão USB até que veio bem a calhar.
Deitar na cama e simplesmente plugar seu pen drive cheio de filmes na tablet, e ficar curtindo um vídeo até dormir é prático. Pegar fotos e outros arquivos de amigos, também. É só pedir o dispositivo de armazenamento – pode ser um HD externo também – emprestado e facilitar a vida de todo mundo.
Logo que pegamos a A500 na mão, ela se atualizou para a versão 3.2 do Android – projetada exclusivamente para tablets. Falo isso porque a Samsung aportou aqui o primeiro tablet Android, só que com sistema 2.2 que era feito para smartphones. Por isso todo mundo chama o Galaxy Tab de “smartphonão”.
Na versão 3.2 percebe-se que absolutamente tudo é pensado para grandes telas, a partir de 7 polegadas. Menus otimizados, multitarefa que aproveita a tela, aplicativos que mantém o tamanho normal dos botões… Não são muitos os widgets, mas os existentes têm formatos diferentes e variados, deixando a home “utilmente bagunçada”. Há widgets para o email, YouTube, sites, agenda…
Todos os aplicativos do Google no aparelho estão com interface melhorada. Fundo escuro e vídeos laterais para o YouTube, uma interface completa para o Gmail, que mantém as categorias na lateral, as mensagens no meio e ações na parte superior, em uma interface delicada e simples. O Gtalk segue a linha do Gmail e mantém os contatos na esquerda, deixando o resto para a conversa. Legam também é ver o símbolo de câmera na frente de um contato, já que com essa versão é possível fazer chamadas de vídeo.
O Honeycomb é mais discreto, usa mais cores escuras para não agredir os olhos do usuário. Ele também se aproveita da enorme tela e passa a usar a parte inferior da tela como uma faixa de navegação, como a do Windows. Nela ficam avisos do sistema, interações com aplicativos, navegação pelo menu e informações de rede, bateria, hora, etc. Botões extras foram colocados em janelas e menus para aproveitar mais o espaço. Tem muito mais cara de tablet.
Para quem está bem acostumado com o Android e seus botões padrão na parte inferior do aparelho vai demorar um pouquinho para lembrar que tudo aquilo foi resumido a três pequenos botões no canto inferior: voltar, home e multitarefa.
Esse é o calcanhar de aquiles do Android 3.0. Enquanto que no Galaxy Tab temos aplicativos aumentados, a tela de alta definição da Acer Iconia não consegue fazer o mesmo com os aplicativos, e por isso precisa de apps otimizados para sua interface e para sua tela.
Isso resulta em pouco mais de 100 aplicativos disponíveis para a tablet, deixando os outros quase inutilizáveis, já que ficam em um cantinho da tela ou espalhados por ela de forma feia. Alguns até se encaixam “marromenos”, mas percebe-se na hora que não são compatíveis. E não tendo o mesmo poder que a Apple tem em desenvolver rapidamente para seus produtos, a Acer e todos os outros fabricantes só podem ficar olhando e esperando.
Algumas empresas brasileiras já estão se mexendo. Saraiva, Cultura, Folha, Terra e Abril são alguns exemplos de marcas que já possuem aplicativos otimizados para o Honeycomb. São majoritariamente empresas grandes que vendem conteúdo e já viram que tablet é o futuro.
O Honeycomb é pensado para quem também carrega um smartphone. Assim que logamos nele, a conta do Google ele começou a baixar exatamente os mesmos aplicativos que eu já tinha no antigo Android, deixando tudo na mesma, apesar de ainda não sincronizar as informações.
Ele vem com todos os aplicativos normais do Android: Google Search, Maps, Gmail, YouTube, Google Talk, visualizador de documentos, vídeos, um editor simples de vídeos e navegador. O navegador é bem completo e possui bookmarks e abas que funcionam como um aplicativo de desktop. Já vem instalado o Flash Player 10.1, que pode rapidamente ser atualizado para o 10.3. Isso permite que você navegue em qualquer site que desejar, sem problemas.
O grande objetivo da A500 é entretenimento e mídias, e ela é boa nisso. O som externo é bem alto e quase sem distorções, tanto para vídeos quanto para músicas, graças à tecnologia Dolby Mobile. O player de músicas foi aprimorado e está mais bonito, apesar de ainda continuar simples. Sua navegação está mais fácil e as capas dos álbuns são exibidas como fundo do aplicativo.
Há um aplicativo específico para explorar os dispositivos externos, pronto para reproduzir mídia, de nome clear.fi. A tela em widescreen é boa para vídeos, que passam sem engasgar. Também para isso é que encontramos a conexão microHDMI na lateral. Você pode conectá-la a uma TV HD e aproveitar a viagem.
Em bom uso durante o dia ela chega às 11 horas. Se deixá-la largado sem uso ele fica sem tomada por vários dias. Mas se abusar dos sensores e do vídeo, calcule umas 8 horas pra ele. É um rendimento bom, ainda mais com essa tela enorme e a presença do Flash.
São até 32GB disponíveis para armazenamento livre de aplicativos, músicas, fotos, filmes e o que mais vier. E uma coisa estranha: nada de carregar ele conectando o USB na toma pelo carregador. Há uma entrada especial para a fonte, que aí sim é conectada na tomada. É um pininho, parecido com os Nokia e outros aparelhos antigos.
Não muita coisa. Encontramos apenas a tablet, manuais, cabo USB, diferentes pontas de tomada, um pano para limpeza da tela e a fonte, que é pequena e leve.
Com hardware muito similar ao Xoom, a Acer Iconia Tab A500 sai ganhando em originalidade e em funções úteis que a tablet da Motorola deixou de lado. É uma boa opção para quem procura entretenimento, simplicidade e um sistema Android bem puro.
Confira a vídeo resenha:
httpv://www.youtube.com/watch?v=cESz6BSwAtU
O melhor é o blog dizendo que não trava com nada kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Você poderia me ajudar como podemos desbloquear a entrada USB , pois quando coloca o Pen drive diz:”estar bloqueado e precisa ser desbloqueado o mesmo”
não reconhece HD externo
Ei aproveita e trás de volta….rependi kkkkkk
N~ao isso so sent a pra garotao como EU