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Três coisas que o digital ainda não bate

21/01/2013
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Que o livro digital cresce no mundo todo, ninguém mais discute. Três coisas, porém, ainda são melhores no papel

A BBC Brasil (via Folha) mostra, em matéria do final de semana, como os direitos humanos obtém muito mais resultados com as cartas enviadas para autoridades, do que com emails, likes, petições online, etc. “Milhares de cartas em sua mesa é algo bem mais difícil de ignorar do que emails”. Vale a pena conferir.

Outra defesa interessante, desta vez dos blocos de notas, vem de uma fonte curiosa – um blogueiro que cobre o tema ebooks. O argumento é sólido:

“Quero que alguém me mostre uma plataforma digital para tomar notas, que sejá tão barata quanto um bloco de notas. Quero ver a plataforma que consiga equiparar a “bateria” de um bloco de notas, o jeito de destacar e compartilhar uma página com alguém na sua frente, ou o jeito que o tamanho da “tela” do bloco de notas pode se expandir para cobrir o equiavalente a 8, 9 ou 10 páginas destacadas e espalhadas sobre a minha mesa, assim me permitindo ver muito mais conteúdo de uma vez só”. A argumentação completa está aqui.

Por mais que a Samsung melhore seus aparelhos e aplicativos de notas, por mais que inventem canetas para o iPad, a tecnologia ainda está longe de substituir certas funcionalidades específicas do papel.

Qual a terceira coisa? O papel nunca poderá ser substituído na brincadeira do Pedra, papel e tesoura. Pelo menos, enquanto não aparecer um papel eletrônico que substitua, de verdade, o papel de celulose…

 

  1. Eu tenho um tablet e já substitui quase todos meus “papeis” por ele. O “quase” deve-se a dois motivos:
    1. Pequenas notas eu carrego no bolso, e o tablet não cabe.
    2. É difícil ler longos textos ou livros no tablet, para isso uso livros de papel ou o kindle.

    E na brincadeira de “Papel, pedra e tesoura”, quando tivermos o papel eletrônico não terá mais graça. Tesoura cortará o papel e pedra quebrará o papel. Nem para origamis ou aviões de papel ele servirá.

  2. De novo o papo do velho versus o novo. Enquanto nossa geração que nasceu “comendo” papel existir sempre haverá a resistência ao abandono do papel pelos meios eletrônicos. O preço vai se tornar irrelevante com o tempo (caso do bloco de notas). A questão das cartas e petições é o simples fato do acesso que a maior parte da população ainda não tem aos dispositivos eletrônicos e o consequente analfabetismo digital. Veja só se eu tendo uma denúncia pra fazer se vou preferir mandar uma carta de papel ou uma carta eletrônica? Só se seu eu tiver no meio do mato sem cachorro e sem computador pra preferir o papel! E não me venham com a história do cheiro do papel. Por favor!

  3. Acho que em vez de ficarmos preocupados com preço, bateria, etc, etc… é melhor se preocuparmos se haverá árvores amanhã. Acho que os livros de papel deveriam sumir do mapa. É minha opinião.

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