Um aplicativo é o melhor caminho para vender publicações na Apple? Alguns jornais e revistas estão largando os aplicativos, em prol de soluções baseadas na Web. E os problemas destas publicações lembram muito os dilemas das editoras de livros, quando se vêem diante da escolha entre fazer um eBook habitual em ePub, ou aplicativos.
A consultoria VisionMobile analisou algumas das razões que levam publicações, como jornais e revistas, a abandonar os aplicativos e partirem para um modelo baseado na web – que ainda podem ser acessado nos iPads da vida, sem ficarem presos ao sistema da Apple. Isso é conseguido através do HTML5, a nova versão da linguagem de programação da Internet, que aos poucos vai se popularizando. Veja um trecho (tradução livre):
Os editores pensaram que o desenvolvimento e a manutenção de um aplicativo nativo para iPad seria rápida e com bom custo-benefício. A realidade está longe de ser esta: é difícil manter o desenvolvimento dos apps com uma equipe própria, e se recorre ao desenvolvimento por empresas especializadas, que é caro. É uma luta oferecer o conteúdo em vários formatos diferentes: uma versão para web, outra para iPad, outra para Android, outra para telas pequenas. A Web mobile [sites feitos para se adaptar a dispositivos móveis, de forma automática] oferece uma alternativa de baixo custo, que pode aproveitar melhor os recursos, minimizar os efeitos da fragmentação de dispositivos e tamanhos de tela, permitindo aos editores chegar mais longe, com um custo menor.
Trazendo este problema para a realidade brasileira, é preciso levar em conta o tamanho do público. O volume de pessoas que lêem em inglês e possuem um tablet, seja Android ou iPad, é bem maior que o de usuários que lêem português. Se recuperar o investimento com aplicativos escritos em inglês já é difícil, imagine se for um aplicativo de livro em português…
Veja a análise em detalhes aqui, no site da VisionMobile.
“O volume de pessoas que lêem em inglês e possuem um tablet, seja Android ou iPad, é bem maior que o de usuários que lêem português.”
Acredito que tenhas querido dizer o contrário, Eduardo, visto que não faz sentido esta frase no Brasil.
Oi Vinicius. Eu quis dizer que o mercado de leitores em tablets, em língua inglesa, é muito maior que o de leitores em tablets, em língua portuguesa. Qual a lógica? Ora, se já é difícil ter retorno no investimento em um aplicativo de livro em inglês, imagine em português, que tem um público consumidor muito menor.
Entendo, Eduardo. É que pelo contexto me pareceu se tratar de uma referência ao mercado nacional.