A Folha de SP traduziu uma matéria do NYT que facilita a compreensão do embate atual entre Amazon, Barnes&Noble e as editoras americanas. A situação é bem mais que uma mera disputa entre Kindle e Nook. Leitura obrigatória para quem deseja entender o mercado. Um trecho:
Ninguém acha que a B&N vai sumir da noite para o dia. A preocupação é que ela míngue lentamente, conforme mais leitores adotem os e-books. E se a B&N virar pouco mais do que um café com um ponto de conexão digital? Tais temores vieram à tona no começo de janeiro, quando a empresa previu que sofrerá neste ano um prejuízo ainda maior do que Wall Street esperava. Suas ações caíram 17% naquele dia.
À espreita por trás disso tudo está a Amazon, força dominante no comércio eletrônico de livros. Muitos profissionais do ramo editorial enxergam a Amazon como um inimigo que, se não for controlado, poderá ameaçar toda a indústria e o ganha-pão dessas pessoas.
As editoras estão cortando custos e demitindo funcionários. Os livros eletrônicos estão bombando, mas não são muitos os editores que desejam que eles substituam os livros impressos. Já o presidente da Amazon, Jeff Bezos, quer eliminar os intermediários – ou seja, os editores tradicionais – ao lançar e-books por conta própria.
Por isso, a B&N agora parece tão crucial para o futuro do setor. Em muitas localidades, suas lojas são as únicas com uma ampla seleção de títulos. Se algo acontecer com a B&N, a Amazon pode se tornar ainda mais poderosa.
Leia o texto completo na Folha: Nook, e-reader da Barnes & Noble, é a esperança das editoras de livro nos EUA.
Esse domínio da Amazon é preocupante sim.
Porque o governo americando não faz nada?
Pelo menos aqui no Brasil há alguma resistência.
só eu achei ridicula essa reportagem?
Encarnação do mal apenas para os editores, porque para os leitores e até para os autores a coisa não é bem assim, acho que a amazon está certíssima em querer cortar o intermediário isso é mais grana para o autor com preços mais baratos só quem sai perdendo são os editores que se não se reinventarem logo e acompanharem a evolução vão mesmo se tornar obsoletos
Concordo em Gênero, Número e Grau.
Espero que essa reinvenção aconteça logo.
Creio que só os editores que conseguirem oferecer algo para autores e leitores que a Amazon não possa oferecer é que poderão resistir. Isso vale para o Brasil também, pois a Amazon entrará atropelando.
Se os editores ficarem ao lado da B&N nos Estados Unidos e autores e leitores do lado da Amazon, o cenário parece bem mais favorável ao Bezos. No Brasil, ainda mais, porque quem poderia fazer o contraponto da Amazon?