Um artigo no Publishing Perspectives destacou a hostilidade que se tem observado com relação à Amazon não só nos EUA, mas ao redor do globo. Se por um lado ela continua vendendo muito bem no mundo todo – muitas vezes, mais do que os concorrentes nativos – e possui consumidores sempre ávidos por seus produtos, por outro, ela é constantemente atacada e vista com desconfiança (sobretudo pelos editores).
Edward Nawotka, editor-chefe do PP, questiona até que ponto essa relação de amor e ódio pode vir a ser um sério obstáculo para a Amazon, especialmente no exterior.
Em princípio, numa economia globalizada como a que vivemos, uma corporação como a Amazon – que inclusive está cada vez mais empenhada em desenvolver seus próprios produtos – não parece precisar contar com a boa vontade da indústria editorial e tampouco a animosidade da qual tem sido alvo parece ser uma grande ameaça a sua sobrevivência. Mas será isso mesmo?
Tomando por base o consumidor americano, percebe-se que tem havido uma conscientização maior do impacto da terceirização para empresas estrangeiras nos EUA. O consumidor não está mais indiferente à origem do produto que adquire, agora ele se importa em saber se este produto é americano ou não. Some-se ainda o fato de que com a recessão mundial, os produtos americanos têm conseguido um preço mais competitivo do que os fabricados fora dos EUA.
A questão é se algo parecido pode acontecer no mercado de vendas online de livros e ebooks em outros países. Se os consumidores alemães, japoneses, franceses ou de qualquer outra nacionalidade resolverem se rebelar contra o “imperialismo comercial americano”, então a Amazon pode ter um grande problema pela frente. Claro, esses consumidores também podem não dar nenhuma importância a isso e simplesmente comprar onde lhes parecer mais conveniente, sem grandes crises de consciência.
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