Quando tudo parecia mais calmo, mais alguém resolveu colocar a colher na cumbuca. Ninguém menos que a Barnes & Noble, número dois em vendas de eBooks nos Estados Unidos, desaprova o acordo sobre o processo que o Departamento de Justiça do país está movendo contra editoras pelo preço de agência.
Em uma carta de 26 páginas, a rede de livrarias afirma que o acordo proposto pelo governo apenas substitui um cartel por outro, impondo um modelo de negócio para as editoras. Dessa forma, o Departamento de Justiça seria um novo regulador de um mercado do qual não tem conhecimento.
“O acordo amistoso representa um esforço sem precedentes da divisão antitruste do Departamento de Justiça por rejeitar seu tradicional papel de avalista contra os conluios e tornar-se um regulador de uma tecnologia nascente que pouco entende” comenta o documento.
O acordo prejudicaria “terceiros inocentes, incluindo Barnes & Noble, livrarias independentes, autores e editoras que não estão sendo processadas; iria ferir a concorrência em uma indústria emergente, e, finalmente, prejudicar os consumidores”. De acordo com a carta, o preço de agência estimulava a competição, além de baixar os preços de livros de capa dura.
E pra quê tanta reclamação? Aqui está o motivo: “Como resultado dos preços da Amazon (que precifica a maioria dos livros best-sellers vendidos pela Amazon abaixo dos custos diretos da própria Amazon e também da Barnes & Noble) a Barnes & Noble estava perdendo dinheiro substancial em um esforço para competir com os preços da Amazon, e era incapaz de ganhar uma cota de mercado significativa.”
Apesar de estar defendendo essencialmente o seu peixe, a B&N não deixa de falar a verdade. Muitos artigos falam sobre a Amazon, que está saindo limpa na história. Arcando com prejuízo e colocando seus eBooks com preço abaixo do oficial, a Amazon monopoliza o mercado e acostuma o consumidor a pagar pouco pelo livro digital. E agora?
Com informações de Exame e paidContent.
Stella, me explica uma coisa: o que a Amazon ganha se eles têm prejuízo? Será que eles pretendem depois colocar os preços lá em cima, tipo depois de prejudicarem o resto do mercado?