Segundo dados da consultoria IDC, até março de 2012 foram vendidos cerca de 1.2 milhão de tablets no Brasil. O número é muito baixo, comparado ao volume mundial, e deve acender um sinal amarelo nas empresas que investem em aplicativos como formato para seus livros digitais.
Em 2011, foram vendidos no Brasil 800 mil tablets, dos quais 43% com sistema Android. De janeiro a março de 2012, foram vendidos outros 370 mil tablets, 61% deles Android. Os tablets restantes, presumivelmente, são da Apple.
Tomando estes números como verdadeiros e fazendo as contas, o Brasil teria hoje 600 mil iPads vendidos no Brasil de 2011 até março de 2012. Somando os importados e os vendidos em dezembro de 2010 (data de início das vendas no país), o Brasil teria entre 650 e 700 mil iPads. Outros 570 mil, seriam tablets Android.
Para fins de comparação, os números mundiais de vendas de tablets são os seguintes: 18.6 milhões de unidades vendidas em 2010; 66.9 milhões de unidades em 2011; e pouco mais de 43 milhões apenas nos seis primeiros meses de 2012. No total, foram 128 milhões de tablets vendidos até hoje. E deste universo, os brasileiros possuem menos de 1%.
Pensando no Brasil, com um público consumidor limitado, é complicado para qualquer editora investir rios de dinheiro em aplicativos de livros digitais. O investimento exigido para a produção de um aplicativo bem feito, é alto, enquanto a fragmentação dos tablets em dois sistemas diferentes ainda pode trazer ainda mais despesas no desenvolvimento. Será que faz sentido investir nesse tipo de livro digital? Os nichos que mais recebem apostas nestes aplicativos de livros digitais, são os textos técnicos e os livros infantis. Algumas empresas de fora já apostam mais na web, do que em aplicativos.
Ainda segundo o IDC, a expectativa é que sejam vendidos 2.5 milhões de novos tablets em 2012. Esse número inclui a possível compra de 900 mil tablets pelo Ministério da Educação no final de 2012.
Fontes: IDC Brasil – Sala de Imprensa, Los Angeles Times, TechCrunch e ABIresearch