O processo está em andamento, acordos foram feitos. Autores defendem a Amazon, outros a repudiam. Leitores comemoram os futuros descontos, editoras choram porque a Amazon irá monopolizar de vez o mercado. Confira cinco afirmações que você não pode deixar de considerar nessa história toda.
É justo pensar que a editora deve escolher os preços dos próprios títulos, mas nem sempre essa é a melhor opção. Com o modelo de agência, não é possível conceder descontos, organizar vários eBooks em pacotes ou até mesmo propor dar a versão digital de um livro quando a impressa for comprada. Editoras grandes podem até lidar com esse marketing negativo ou a falta de ferramentas de promoção.
Editoras menores, porém, podem não apreciar isso. Algumas editoras e alguns autores acham muito útil a ferramenta de precificação da Amazon, que abaixa ou aumenta preços de acordo com a demanda, e oferece bons descontos pontuais de alguns títulos vez ou outra.
Se a editora aplica o modelo de agência, só há desconto nos eBooks se ela mesma modificar os preços de seu eBook. No caso da Apple, ela fica com 30%, não importando o preço cobrado. Já a Amazon paga à editora o preço acordado, mas ela escolhe qual o preço do eBook em sua loja. A editora fica com 50% do preço acordado, mesmo que a Amazon resolva dar o livro digital a seus consumidores. Em certas horas o modelo de agência é melhor e em outras, o de distribuição da Amazon parece mais atraente.
Até agora, quem compra pela Amazon sai ganhando. Com a proibição do uso do Modelo de Agência pelas três editoras que já fizeram acordos – HarperCollins, Hachette e Simon & Schuster –, a Amazon poderá voltar a vender os títulos delas pelos tradicionais US$9,99. Ou até mesmo distribuir gratuitamente, se desejar e pagar o preço cheio para as editoras.
O consumidor sai ganhando nesse negócio, todos esses livros irão baixar. Porém, uma vez tendo o monopólio do mercado, o que garante que a Amazon não suba os preços de vários títulos, já que poderá fazer o que bem entender?
Toda e qualquer editora nos Estados Unidos podem usar o Modelo de Agência, exceto as três das Big Six que já fizeram acordos. Até mesmo a Macmillan e a Penguin, que vão levar o processo adiante, podem usar o modelo até que a sentença seja dada. Se forem inocentadas, ainda poderão usar o modelo. O processo está se referindo ao modo como o modelo foi implementado pelas cinco editoras e a Apple, e não ao modelo em si.
Uma vez que não poderão lutar com preços, o que as editoras e outras livrarias virtuais podem fazer? Muitas coisas! Uma delas, como dito pelo TeleRead, é a oferta de obras sem o DRM. Os leitores poderão escolher entre a versão mais barata da Amazon, com a proteção da empresa, ou comprar com a editora ou com outras livrarias por um preço mais elevado, só que sem a proteção. Pode ser um novo começo no mercado editorial digital.
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