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Uma boa notícia para os leitores ávidos. De acordo com nota no Publishnews as duas maiores livrarias do Brasil, Saraiva e Cultura, estão averiguando novos modelos de eReaders para serem comercializados em suas lojas. O motivo, certamente, seria a chegada da Amazon no país que, dizem, oferecerá seu leitor Kindle a R$199, o preço mais barato já visto.
Logicamente, não é tão simples assim concorrer com a gigante americana. Com seus bilhões, a Amazon pode garantir um preço mais baixo para sua linha de aparelhos, e até mesmo bancar certo prejuízo para sua popularização. Aqui no Brasil, além de nenhuma livraria ter dinheiro para tudo isso, há também os impostos sobre eletrônicos que incidem sobre os eReaders, fazendo com que um dos mais baratos – e de menor qualidade – custe R$400.
“Estamos buscando alternativas ao Kindle”, afirma Fabio Herz, diretor de marketing e relacionamento da Livraria Cultura. “E não só por causa da Amazon, mas porque no mercado de eBooks o hardware é fundamental.” A perspectiva é que a Cultura ofereça, ainda este ano, uma opção de dispositivo ao consumidor brasileiro, afirma o executivo ao Publishnews, sem dar mais detalhes.
Marcílio Pousada, diretor presidente das livrarias Saraiva, diz algo semelhante. “Estamos ativamente buscando um eReader barato para vender no Brasil.” Segundo ele, os preços dos dispositivos exclusivos para leitura oferecidos no país não são nada competitivos – nem com o Kindle e nem com os tablets. Tanto é que a Saraiva não vende mais nenhum leitor eletrônico pelo seu eCommerce. “Acreditamos que o divisor de águas do livro eletrônico no Brasil é o tablet, e não o eReader, mas precisamos ter uma opção de dispositivo dedicado à leitura”, afirma.
A grande dificuldade, aponta Herz, é justamente encontrar um aparelho de leitura de qualidade que seja tão barato quanto o Kindle. “Vender algo na faixa dos US$ 100, como o Kindle é vendido nos Estados Unidos, é quase impossível por aqui”, diz.
Mas a notícia mais interessante vem agora: há rumores de que as duas empresas estariam conversando com a Barnes & Noble, tradicional cadeia de livrarias americana – e a única que consegue chegar perto da Amazon. Aqui no Revolução, já noticiamos diversas vezes o interesse da B&N em realizar uma expansão internacional. E seria realmente fantástico se eles aportassem por aqui, ainda mais em parceria com duas boas livrarias como a Saraiva e a Cultura. Vamos esperar.