Foi lançado esses dias um importante serviço que é o começo de um grande processo, e que irá dar o que falar nos próximos meses.
A Amazon anunciou um serviço de empréstimo de livros para ser implementado em bibliotecas dos Estados Unidos. É fantástico. Basta o usuário entrar no site da biblioteca — seja dentro dela ou de casa — e procurar o eBook que gostaria de ler. Ele então clica no botão “Get for Kindle” e é redirecionado para o site da Amazon, onde finaliza o procedimento e recebe pela internet o arquivo.
O sistema funcionará junto ao Overdrive, um dos maiores distribuidores de eBooks do mundo. Anotações poderão ser feitas nos livros, e caso o leitor alugue novamente o título, elas estarão lá. Se o leitor resolver comprar o eBook, as anotações também virão.
A Amazon promete que o serviço alcançará 11 mil bibliotecas americanas, mas por enquanto apenas algumas estão testando o serviço, e apenas os leitores que possuem cartões de biblioteca podem utilizar o serviço. E tudo promete ser uma bagunça: há um número limitado de cópias para empréstimo, ainda não se sabe quantos títulos estarão disponíveis e experiências anteriores com sistemas antigos não foram muito positivos.
O serviço irá funcionar não apenas nos eReaders, mas também em smartphones, notebooks e tablets.
Veja um vídeo de como funcionará o sistema (um pouco complicado, eu diria):
httpv://www.youtube.com/watch?v=mgKbyhuqxuU
É o fim das bibliotecas físicas?
Isso será ruim para as bibliotecas, vai acabar com esse serviço? Era certo que os livros digitais iriam algum dia chegar às bibliotecas, e será necessário, como todos os outros envolvidos, se adaptar ao mercado. Bibliotecas podem se diversificar, abrindo suas portas para eventos literários, clubes de livros, poesia, cursos culturais, enfim, uma série de coisas. Elas também manterão o hábito de emprestar livros, já que irão adquirir os volumes da Amazon (ou outra editora ou distribuidora) e ainda emprestarão títulos aos leitores.
Mas o fim das bibliotecas como as conhecemos ainda está longe. Em uma notícia publicada aqui tempor atrás Ann Thornton, responsável da Biblioteca Pública de Nova York garantiu que com o advento do livro digital, a frequência no local só aumentou, como nunca viram antes. Como explicar isso?
Com informações do site eBook Newser e Teleread.
Impressionates notícias!
Mas, uma que não absorvi (bem) foi: “…com o advento do livro digital, a frequência no local só aumentou, como nunca viram antes. Como explicar isso?”!
Não faz sentido isso!
– Ainda que gostemos bastante de frequentar, por motivos vários, as bibliotecas físicas, não acredito nessa história.
Se podemos fazer empréstimos de livros, e ainda poder ler este e tantos outros aonde, como e melhor nos convier, porque razão iríamos querer estar ‘lá’ fisicamente? – Não tem a menor chance disso ser verdadeiro.
Bom, pode ser que não tenhamos o lugar ideal para ler os livros, e que nas bibliotecas encontramos “o” ambiente certo, mas dizer que “aumentou como nunca viram antes”, eu acho exagero.
Mas o que interessa é que iremos poder ler ‘muitos’ livros aonde bem entendermos, muito em breve, e cada vez em maior quantidade e com mais qualidade. – Parabéns pela postagem!
As explicações podem mesmo parecer confusas, mas quem vai saber? O mercado de eBooks ainda não tem experts o suficiente para saber o que acontece. Talvez as pessoas se sintam mais próximas às bibliotecas e resolvam visitá-las. Talvez procurem as bibliotecárias para saber mais indicações de livros… mas se isso realmente está acontecendo, é bom!