Untitled_5
…
Quando falamos da popularização dos eBooks no Brasil, sempre pensamos que os aparelhos – sejam tablets, smartphones ou computadores – são dispositivos caros, e que por isso é inimaginável ver um livro digital chegando ao sertão nordestino, onde as pessoas mal têm acesso a saneamento básico – que dirá eBooks.
Porém, se pensarmos de formas diferentes, podemos ver que o eBook é algo que pode espalhar a cultura, e não tolhê-la. Veja o trabalho da ONG Worldreader. Eles levam Kindles com conexão 3G a lugares em que crianças sequer já viram um livro. O foco atual são os países africanos, mas o que impede alguém de fazer a mesma coisa em nosso país?
Ao todo, já foram mais de 76 mil eBooks enviados à África subsaariana, em valores que ultrapassam os US$160 mil. “Nós entregamos eReaders subsidiados a comunidades carentes, e fazemos com que o custo de publicação de conteúdo local seja mais baixo. Medimos o sucesso através do aumento das taxas de leitura, o desenvolvimento de conteúdo local, e a criação de empresas. Estamos levando projetos pilotos para ajustar nossos métodos.” informa o site.
E por que eBooks, e não livros impressos? “Assim como os telefones móveis ultrapassaram os telefones fixos nos países em desenvolvimento, eReaders podem oferecer livros instantaneamente por menos: muitos eBooks custam menos de um terço do preço de um livro impresso, salvando árvores e alcançando mais mentes.”
E uma notícia atual no blog da ONG informa que uma empresa está desenvolvendo uma tecnologia que transforma celulares em smartphones, levando a conexão à internet, informação e redes sociais a muitos outros lugares. E o Worldreader está entre as funções do aplicativo – de nome biNu –, permitindo que muito mais pessoas possam ler eBooks sem precisar de eReaders.
Ao invés de pensarem nos obstáculos, essas pessoas estão descobrindo como transpô-los, e vale a pena ler notícias assim.
