Semana passada aconteceu o 100 Hangouts no Google+ e, como pode ser visto na página, os mais diversos hangouts rolaram. Para começar, o que é o hangout?
É um chat com áudio e vídeo, público ou não, entre usuários da rede social. O foco da conversa muda para quem está falando e não fica limitado ao computador, podendo ter participação de usuários através de seus smartphones. É bem divertido, como se pode ver na imagem abaixo.
O Google+ é a primeira rede social que realmente me despertou algum interesse, uma das poucas que utilizo hoje. Para começar, porque, apesar de sua interface web ser confortável e intuitiva (além de integrada aos principais serviços da Big G) é moldada para ser uma rede social móvel e, justo por conta disso, menos institucional que o Facebook (que sempre, ao menos para mim, foi aquela coisa: tô lá porque meus amigos estão lá e por razões profissionais, o que acaba sendo um campo de avaliação de RH, já perdeu sua função como rede social tem tempo… mas essa é a minha opinião, você pode ter outra).
Eu sei, minhas digressões são irritantes, mas estou chegando lá nas editoras. Sim, as editoras.
Como eu havia dito, hangouts são chats de áudio e vídeo que você pode fazer com círculos específicos de pessoas ou, se você curte roleta russa, publicamente. Daí, que dentro dessa lista “100 hangouts”, me surpreendi com uma ideia simples, porém, genial da Cia das Letras. Olhando a lista do que teria no dia, vi que a Cia faria hangouts com dois de seus autores. E eu pensei: Cristo, por que as demais editoras não fazem isso?
Trabalhei com livros de psicanálise e fico pensando em que boa oportunidade para os alunos de psicologia não seria conversar com alguns autores sem precisar se deslocar a um evento que demanda infra estrutura, local previamente negociado, torcer para que não role um dilúvio de proporções bíblicas no dia, etc, etc.. Academicamente, palestras com autores de fora, seus tradutores, mediadores, críticos, bem, verdadeiros eventos.
Quantos de vocês, como eu, têm oportunidade de ir à FLIP? Eu sempre estou trabalhando, mas poderia ter me trancado no banheiro do escritório com meus fones de ouvido para assistir e até participar, veja só, pelo celular. Quantos de vocês não gostariam de ter assistido e participado, ainda que virtualmente, do bate papo com o Neil Gaiman? Outro exemplo, o TOC, que, esse ano, foi em minha querida Buenos Aires… a Liz Castro foi, gosto dela, e quem não gosta, não é mesmo?
Pois é, todo mundo (dentro do nosso particular mundinho editorial) se beneficiaria de poder assistir ao invés de, simplesmente, “curtir” esse tipo de evento. As aplicações são inúmeras (aulas, entrevistas, palestras) e os benefícios, óbvios, então, por que não?
Bem, deixo com vocês um dos hangouts mais surpreendentes que eu já vi, estrelando o presidente dos EUA, Barack Obama.
httpv://www.youtube.com/watch?v=z9iChWxoCcE
*post originalmente publicado no blog do Antonio, o /dev/null.