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Editoras Investirão Mais em Dados de Consumidores em 2012


Uma pesquisa do Digital Book World organizada pela Forrester Research mostrou que em 2012 as editoras irão gastar mais adquirindo dados de consumidores para investir em marketing direcionado.

O impulso do mercado digital e a diminuição do espaço de prateleiras físicas nos Estados Unidos está levando editoras a procurar novos caminhos. E por isso a pesquisa indicou que dois terços dos 74% de todas as editoras do país devem investir em informações sobre seus consumidores. Apenas 1% informou que irá diminuir esse tipo de investimento.

“Os editores podem ver no futuro digital uma ponte que pode potencialmente ser construída entre editora e cliente”, disse James L. McQuivey, Ph.D., vice-presidente e analista principal da Forrester, que conduziu a pesquisa. “Saber quem são os leitores, o que eles gostam e o que eles querem a seguir exige a construção de uma base de informações demográficas.”

“Como os canais que os editores sempre usaram para atingir os consumidores estão atrofiando, eles têm que compensar e serem capazes de atingir os consumidores de outras maneiras”, disse Mike Shatzkin, perito da indústria. “E o conhecimento direto do consumidor é uma das ferramentas que eles precisam colocar na caixa de ferramentas.”

Na mesma pesquisa, mais dois números interessantes: quase metade das editoras não sabe nada sobre os hábitos na rede de seus clientes, e 71% espera construir uma base de clientes com os quais possa se relacionar mais diretamente. Além disso, 42% dia desconhecer os hábitos de leitura de seus consumidores.

Um outro artigo no O’Reilly Radar mostra mais a respeito do uso prático de dados pelas editoras. Roger Magoulas, diretor de pesquisa de mercado da O’Reilly Media afirma que os dados, sozinhos, não dizem nada. É preciso uma narrativa para compreendê-los e usá-los da melhor forma. “Por um lado, você gerencia dados – você tem que adquiri-los, você pode ter que limpá-los, você tem de organizá-los. Por outro lado, você está tentando fazer com que ele tenha sentido. Estamos tentando coletar insights.” disse.

Também é necessário que todos na editora entendam um pouco de dados, para que possam saber o que fazer com isso, dar ideias baseados no resultados dos números. “Você quer ser ágil, e se você separá-lo para um grupo de dados, um grupo de análise, e um grupo de design, todo mundo vai estar esperando por alguém. A integração é muito importante.” completa.

Confira o vídeo com a palestra de Magoulas:

httpv://www.youtube.com/watch?&v=L2pTuhZ1KMs

Espero realmente que o estudo traga resultados verdadeiros. Google e Facebook estão entre as empresas mais valiosas do mundo por causa da base de dados sobre pessoas que eles possuem. Com dados tão valiosos é possível oferecer produtos específicos para pessoas específicas, com quase 100% de acerto. Dados e informação estarão entre os itens mais valiosos nos próximos anos.

E aqui no Brasil? As editoras já investem em dados sobre consumidores?

 

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