Em um empreendimento projetado para trazer as operadoras de telefonia móvel mais diretamente para o mercado do livro, a empresa txtr, varejista alemã de ebooks, revelou durante a Feira de Frankfurt um novo ereader e-ink para ser oferecido por 10 euros, através de planos de telefonia pós-paga. O novo aparelho, batizado Beagle, é pequeno (tem 5″) e várias peculiaridades – não tem conexão USB ou Wi-Fi, conectando-se somente via Bluetooth e aceitando no máximo 5 livros em sua memória. O super-preço do aparelho também está apoiado na sua extrema simplicidade.
Chamando-o de “fácil de usar e mais bonito leitor de ebooks no mundo”, o diretor-chefe comercial Thomas Leliveld disse que o Beagle seria um dos menores e mais leves (128 gramas) ereaders no mercado. Leliveld explicou que o dispositivo poderia funcionar com duas pilhas AAA por “até dois anos, não há cabos ou carregador”, brincando que era, “Um dispositivo não-G”, sem conectividades, concebido exclusivamente para a leitura. Mas ele é projetado para trabalhar em conjunto com um telefone celular, e uma vez sincronizado com o telefone de um consumidor com acesso a ebooks, os eBooks podem ser transferidos para leitura no Beagle. Com o limite de 5 livros, seria necessário eliminar livros da memória antes de adicionar outro, apesar de todos os títulos ainda permanecerem no telefone.
O Beagle, na verdade, não lê arquivos ePub, PDF ou outros. Um software presente no telefone transforma os eBooks em imagens, e o Beagle recebe as imagens das páginas adaptadas exatamente para o seu tamanho de tela – não parece haver muita possibilidade de fazer coisas simples, como aumentar o tamanho da fonte, por exemplo (esta conclusão é minha, não das fontes desta notícia).
A princípio, o Beagle funcionará com telefones Android, sendo que a empresa estuda oferecer suporte para os aparelhos da Apple em um futuro próximo.
Um hands-on do Beagle revela que o funcionamento do aparelho parece bastante simples na hora da leitura – mas quem conferiu o lançamento, não conseguiu conferir como se dá o “relacionamento” entre o ereader e o telefone – se fica mais simples, ou não, para um usuário gerenciar seus livros.
Fontes: Publishers Weekly e The Digital Reader