Da coluna traduzida de Mike Shatzkin pelo Publishnews. Ele comenta que o mercado americano, estando muito à frente dos demais mercados ocidentais em matéria de e-books e impressão sob demanda, começa a ameaçar os negócios das livrarias e editoras estrangeiras – brasileiras inclusas. E qual o maior problema, na visão dele?
a maior complicação de todas, a curto prazo, é a escassez de títulos disponíveis no formato ePub em outros idiomas que não o inglês. O ePub permite fluidez do texto, o que é essencial para entregar um e-book de fácil leitura com multiplicidade de tamanhos de telas. Nós temos centenas de milhares de títulos em ePub, em inglês; nenhum outro idioma do ocidente chega perto. Esse é um assunto que chegou até mim pela primeira vez no Brasil, quando estive lá em agosto.
Uma coisa leva à outra. A consequência da lacuna do ePub levanta outro assunto sério no comércio de livros na Europa quando este procura se aproximar do norte-americano. A maioria das pessoas mais educadas dos países europeus se sente confortáveis lendo em inglês. Uma editora da pequena Eslovênia (ex-Iugoslávia) me disse que um sexto dos livros vendidos em uma grande cadeia de livrarias e na maior livraria online é em inglês. Uma outra pessoa me disse que 25% das vendas na Dinamarca são em inglês. Na Holanda, me disseram, há uma legislação recente que requer uma “janela” para e-books em inglês para títulos que tenham uma edição em holandês, segurando a edição em inglês até que a edição em holandês fique disponível por um período mínimo.
Minha preocupação é quase a mesmana verdade com uma unica e pequena diferença, o formato mobi e awz.
Tenho paixão pelo meu Kindle e não troco ele por nada, mas o que vemos é epub pra lá e epub pra cá, não estou dizendo que não está escasso assim como foi mencionado no texto e sim destacando que esses formatos no Brasil são menos valorizados ainda.
Vejo que uma das únicas lojas de livros digitais que atingem o público que possui um Kindle ainda é a Simplissimo, e tenho fé que ela ainda vai sair da versão beta o mais rapido e terá muitos outros títulos disponíveis a preços que condizem com a realidade de um mercado com custos reduzidos em relação ao impresso.
Sou designer editorial e sei como funciona e vejo que ao menos aqui na simplissimo essa realidade existe, diferente de outras livrarias que não chegam a 10 reais de diferença entre a versão impressa e digital.
Deixo aqui minhas sinceras forças positivas de crescimento à simplissimo.
Grande abraço a todos.
Bruno, penso que nesse caso o maior problema é o DRM, pois o ePub pode ser facilmente convertido para o formato mobi (também sou fã do meu kindle)desde que não seja protegido. Mas acho tão lamentável o preço (nada convidativo) como a escassez de títulos passíveis de conversão para o kindle.
Pois é Maurem, o grande problema é o DRM, se é que podemos chamar isso de problema, pois é de uma grande ajuda contra a pirataria.
Estou tentando entrar no mercado dos ebooks também, como designer, já que sempre trabalhei com editorial impresso, e ainda estou aprendendo sobre o assunto, porém, acho que editoras e distribuidoras estão perdendo oportunidades de disponibilizar em todos os formatos disponíveis, pode ser que eu esteja errado, mas qual o problema de disponibilizar vários formatos mesmo que com DRM, assim não atingiriam vários públicos e aumentariam as vendas?
A questão do preço é realmente lamentável mesmo, os maiores custos para se definir o preço de capa de um livro são justamente os dois passos que os livros digitais saltam, papel e gráfica, mas infelizmente há no Brasil, e não são poucos, pessoas que querem se dar bem em cima das pessoas em tudo e pra isso cobram um preço absurdo em relação ao custo de produção enganando os consumidores.
Reafirmo, esse é o maior potencial que vejo na Simplissimo, e dou a maior força para o sucesso dessa empreitada.
De fato é uma preocupação braba que ebook no Brasil signifique PDF. Ebooks comercializados são na maioria absoluta PDF, talvez pela facilidade em digitalizar uma edição impressa.
Claro, o layout fixo é horrível para telinhas de eInk de 6″ e se você der zoom e scroll, lá se vai sua bateria em atualizações incessantes. Para smartphones também é terrível, mas bateria fraca com LCD já é de praxe mesmo…
Até mesmo o portal do governo http://www.dominiopublico.gov.br é todo em PDF. É uma insanidade.
Concordo com o colega de que o maior gargalo no Brasil, junto ao preço, é o binômio PDF – Ebook. O DRM pode ser vencido com programinhas simples e ser instalado no Kindle (creio que isto não seja pirataria já que paguei pelo produto e só quero poder utilizá-lo da melhor forma para mim)após uma conversão para mobi. O Epub quando convertido pelo claibre em mobi não perde duas características já o PDF fica horrível.