A informação de que precisávamos. Enquanto todos correm atrás de saber quando a Apple e a Amazon chegam por aqui, o Google Books e a Kobo ficam de lado nas expectativas. Mas isso não impede que elas continuem negociando sua chegada no país. Durante o evento Rakuten Super Expo que ocorreu ontem, 25 de abril, o vice-presidente da empresa Todd Humphrey anunciou que a Kobo chega ao Brasil no segundo semestre.
Kobo no Brasil – Meus Dois Centavos
A Kobo é uma plataforma completa. Além de ser uma loja de livros virtual, também possui aplicativos para diversas plataformas e uma linha de aparelhos que incluem eReaders e tablets de ótima qualidade. Os preços dos eBooks não são tão bons quanto os da Amazon ou B&N, mas no Canadá a empresa já possui 45% de market share.
Tanto a loja como os aparelhos chegarão por aqui no final do terceiro trimestre (setembro) e os preços ainda não estão definidos, tanto dos eBooks como dos aparelhos, que serão importados. Nessa caso, não adianta esperar que eles sejam muito baratos. Entretanto, deve ser o primeiro tablet dedicado à leitura a chegar oficialmente por aqui, o Kobo Vox (US$199). O eReader Kobo Touch, que lá fora custa US$129, também deve ser comercializado.
Não há muitos dados sobre o estilo de negociação da Kobo junto aos editores, mas aparentemente eles são bem mais fáceis de se lidar do que a Amazon, se aproximando do estilo da Apple e permitindo preços diferentes de US$9,99 nos eBooks vendidos na loja. Seus eBooks são vendidos no formato ePub ou PDF com DRM, mas possuem liberdade de plataforma e os eBooks oferecidos gratuitamente não têm proteções (e não são qualquer coisa, são negociações com editoras). Por essas e outras, há a confirmação de que a Martins Fontes já teria fechado um acordo há mais de dois meses.
Também há a afirmação de que a Kobo chegue aqui por meio de uma parceria com alguma cadeia de livrarias brasileira – provavelmente a Cultura ou a Saraiva – para vender os aparelhos em lojas físicas. “Estamos trabalhando com as editoras brasileiras e fechando acordos de venda com o varejo, assim como com uma grande cadeia de livrarias para distribuir os leitores de eBook”, disse Humphrey, que se mostrou animado com o mercado de livros digitais por aqui: “Em mais 5 anos, 50% dos livros serão digitais no Brasil” aposta.
Desde a compra da Kobo por US$315 milhões pela japonesa Rakuten no final do ano passado, a empresa canadense começou a apontar seus canhões para vários países. Além do óbvio Japão, a Kobo também mira com importância o Brasil, onde a Rakuten já tem bases formadas no eCommerce. E como o mercado de livros digitais aqui promete fertilidade nos negócios para breve, uma ótima oportunidade se formou.
A Kobo também possui uma plataforma de auto-publicação que abriu recentemente.
Estou animada com a presença desse quarto grande player em nosso mercado. A Kobo é mais maleável, e provavelmente irá oferecer boas ofertas para editoras, que poderão competir com Amazon, Apple e outras.
Com informações do ZTOP.