Com todo o rebuliço causado pela Apple no lançamento da nova versão de seu aplicativo iBooks e do software iBooks Author para a produção de livros didáticos interativos, esperava-se que houvesse um boom nas vendas de didáticos.
Mas não foi bem assim. De acordo com Tom Malek, vice-presidente de Soluções de Aprendizado da McGraw-Hill, os estudantes escolheram ficar com o impresso. Em um artigo na Forbes, Malek explica que pesquisas indicam que apenas 3% dos estudantes estão comprando eBooks.
Os motivos seriam a familiaridade com o impresso, item importante na hora do estudo, e o desconhecimento de como os eBooks podem melhorar a experiência do aprendizado.
“Enquanto acontecem significativos avanços em tecnologia para tornar a idéia de um eBook possível, é preciso quantidade similar de inovação por parte de muitos para colocá-los nas mãos dos alunos. Editoras e livrarias têm feito muito para que isso aconteça, mudando para modelos de negócio mais flexíveis, mas essa mudança realmente não seria possível sem as universidades que reconhecem o valor incrível que eBooks podem proporcionar.” afirma.
Uma das soluções que Malek coloca é a obrigatoriedade do uso de eBooks nas salas de aula. No início de cada curso, o aluno receberia todos os livros digitais necessários. Após sua confirmação em uma aula, ele seria cobrado automaticamente em sua mensalidade. A compra de eBooks também poderia ser facilitada pela loja de livros das universidades, por exemplo.
A questão é que realmente ainda não existem muitos casos de sucesso na venda de eBooks didáticos, embora todos saibam que esse é um precioso filão, e que de alguma forma deverá ser aproveitado.