Mercado: a descoberta de livros começa com psicologia, não com tecnologia


Está acontecendo esta semana, em Nova York, a conferência Digital Book World Discoverability & Marketing. Executivos de marketing, publicações profissionais, autores e jornalistas se reuniram esta semana para discutir o mercado digital em constante mudança, e os desafios – e oportunidades – da venda de livros. O site Publishing Perspectives publicou hoje um resumo, muito interessante, das apresentações. Veja os melhores trechos:

Em uma apresentação envolvente, que comparou as tentativas dos vendedores de livros de explorar novas ferramentas de marketing, como plataformas sociais, aos exploradores da era das grandes navegações, Joyce insistiu que o pensamento criativo e a reinvenção de estratégias de marketing existentes é de vital importância para as editoras. Embora Joyce reconheça que há grande risco ao se desenvolver novas tecnologias e experimentar  novas estratégias de marketing, é “um risco [que editores] precisam correr,” antes que uma startup ou negócio de fora da indústria descubra essas coisas primeiro.

Kelly Gallagher, vice-presidente de Serviços de Publicação em RR Bowker, enfatizou a importância do consumidor final de pesquisa para decidir onde alocar a verba de marketing. A chave, ele insistiu, é “de baixo para cima de pesquisa” – isto é, a compreensão de como os consumidores se tornam cientes dos títulos que eles eventualmente comprar. “Até saber os detalhes dos consumidores”, explicou Gallagher, “é como um tiro no escuro.”

“Descoberta de sucesso precisa começar com psicologia, não com tecnologia”, disse Rob Eagar, presidente da Wildfire Marketing. A declaração se tornaria um refrão, repetido durante todo o evento. Para ele, as definições claras do valor direto que os livros podem fornecer, juntamente com a comunicação clara e direta com os consumidores, são cruciais para o mercado do livro.

Vários palestrantes também atestaram a importância de uma comunicação direta com os consumidores. Jessica Best, Diretora de Comunidades da emfluence, demonstrou que comunicação direcionada para consumidores pode ser alcançada mais facilmente através de e-mail, do que mídia social, apesar do rebaixamento que o email sofreu nos últimos tempos, após o advento das redes sociais.

A imensa importância dos motores de busca para o marketing dos livros foi consenso durante a conferência. Gavin Bishop, do Google, identificou as pesquisas como o principal indicador de intenção de consumo, mostrando que as pesquisas estão intimamente relacionadas com os números de vendas. Bishop também relatou algumas estatísticas encorajadoras sobre a indústria do livro como um todo: desde 2009, as consultas de livros genéricos quase dobraram, e o volume de pesquisa aumentou em todos os gêneros de livros.

Fonte: Publishing Perspectives, Book Discovery Starts with Psychology, Not Technology

 

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