Ninguém é burro nesta estória – artigo

12/09/2011
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Revolução E-book

Ontem eu estava dizendo para um amigo que as editoras brasileiras adotaram uma posição de avestruz, enterrando sua cabeça na areia. Disse, porque as notícias que tenho são de uma resistência intensa das editoras à publicação de seus títulos em ebooks e, na existência dos mesmos, o seu preço incompatível.

Fico sabendo também da luta mal sucedida da Amazon por acordos com as grandes editoras do Brasil para a publicação de seus títulos no site e no formato adotado por aquela multinacional.

Se alguém é bebê, pode até acreditar que as coisas vão ficar por isso mesmo e a Amazon vai se satisfazer com esse “não”. Só se for bebê, porque é óbvio que a empresa, que já é editora nos EUA, vai comprar os direitos de tradução para o português de títulos em romances, thrillers, policiais, mistérios, e tudo que venda bem em ebooks em língua inglesa, e vai ela mesma lançá-los no Brasil.

Como dez entre dez dos livros mais vendidos de ficção no Brasil (ver as listas da Época, Veja e congêneres) são escritos pelos gringos, fica fácil a previsão, não?

O mistério para mim é que as editoras brasileiras sabem disso e, em vez de correr para o abraço com o futuro – inexorável, diga-se! – permanecem nesta inexplicável posição de retranca.

Ah, e o pior é que a Amazon vai vender no formato impresso também. Por que não, né?

Ninguém é burro nesta estória

 

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