Para a surpresa de todos, muitas livrarias estão informando um crescimento nas vendas em relação ao ano passado. Uma reportagem do New York Times mostra que as previsões pessimistas estavam erradas, e até mesmo livrarias menores comemoram um bom final de ano.
Um fator que pode ter aumentado as vendas nas livrarias pode ser a falência da Borders, uma gigante cadeia de venda de livros que contava com 650 lojas. Uma vez que não podem mais fazer compras lá, os consumidores se espalharam em outras livrarias.
A Barnes & Noble relatou que as vendas na semana de Ação de Graças aumentou 10,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. A American Booksellers Association, grupo comercial para as livrarias independentes, disse na semana passada que os membros viram um salto de vendas de 16% na mesma semana.
Na livraria R. J. Julia em Madison, Connecticut, as vendas de livros comerciais adultos em novembro subiram 30% sobre o ano passado, disse Roxanne J. Coady, a proprietária. As vendas cresceram 15% na livraria Next Chapter em Mequon, Wisconsin. A proprietária da loja, Lanora Hurley, especula que pode ter sido ajudada pelo fechamento de uma loja Borders cerca de sete quilômetros de distância. Entretanto, não há espaço apenas para alegria. Hurley diz estar preocupada com as vendas de Janeiro: “Tenho que dizer, estou preocupada com janeiro. Todos irão ganhar seus aparelhos eletrônicos neste Natal.”
Esperam-se grandes vendas para os eReaders e tablets da Barnes & Noble, mas livreiros e editores disseram que ainda esperam que haja um interesse saudável o suficiente em livros impressos, e que os dois formatos possam coexistir.
A grande questão é: qual será a fatia do mercado destinada para os ebook e para os impressos. Porque coexistir como o disco de vinil coexiste com o MP3 é palhaçada.
O aumento das vendas de ebooks faria com quer os impressos vendessem menos. Assim, as tiragens impressas teriam que ser cada vez menores, aumentando o preço, que por sua vez, faria com que as vendas caíssem mais ainda( bola de neve). Isso também tornaria inviável a existência das pequenas livrarias, dificultando o acesso ao livro impresso (mais um fator pra bola de neve).
Acho que vamos acabar dando um jeito para que isso não aconteça. Pequenas e grandes livrarias poderão ser mais do que uma loja de venda de livros, mas também um hub de conhecimento, com café, locais para leituras, etc. Acho que vai dar pra coexistir muito bem…