Mais iniciativas tramitam pelo Governo para que os eBooks sejam considerados livros e tenham os mesmos benefícios que seus irmãos impressos.
O deputado federal Sandro Alex (PPS-PR) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estende a imunidade tributária concedida aos livros, jornais, periódicos e ao papel destinado à sua impressão, aos livros, jornais e periódicos editados em qualquer meio físico ou eletrônico.
Sandro Alex argumenta que a imunidade tributária de que trata a Constituição visa estimular a leitura, a educação e a cultura por meio do barateamento do preço de livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua impressão.
O deputado também ressalta que a atual definição do que é um livro está obsoleta:
Publicação de textos escritos em fichas ou folhas, não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer forma e acabamento
“Atualmente, é possível armazenar uma biblioteca com centenas ou milhares de obras nas diversas mídias óticas, tais como o CD-ROM e os vários formatos de DVD gravável”, afirma Alex.
Entretanto, nem todos aceitam as novas tecnologias. A jurisprudência atual do STF (Supremo Tribunal Federal) reconhece apenas aos livros impressos em papel a imunidade tributária prevista na Constituição. Em recente decisão no Recurso Extraordinário – RE 330.817, publicado em 05/03/2010, o Ministro Dias Toffoli entendeu que a imunidade tributária dos livros em papel não é extensiva aos livros em formato eletrônico.
Apesar de já estar acostumada à velocidade bem menor em que andam as instâncias governamentais, acho muito bom que pelo menos alguns políticos estejam interessados no livro e em sua evolução tecnológica, os eBooks. Com a chegada de multinacionais por aqui, é provável que observemos uma rapidez maior nessas concessões.
Com informações do Portal Nacional do PPS.
Essa PEC dos ebooks vai demorar uns 10 anos para ser votada no Congresso, mas tudo bem… já é melhor do que nada.