No início deste mês, uma tempestade no Estado da Virgínia causou um apagão em parte do serviço de computação em nuvem da Amazon (Amazon Web Services) e centenas de companhias que usam o recurso – como Netflix, Pinterest e Instagram – ficaram fora do ar por várias horas, deixando os consumidores apreensivos, sem saber o que estava acontecendo e nem se seus dados estavam seguros. Por algum motivo que a Amazon ainda não sabia determinar, o gerador de reserva da central também falhou.
Esta foi a segunda interrupção da AWS em 1 mês, e em abril do ano passado outra falha importante aconteceu, derrubando vários sites e aplicativos durante quase um dia inteiro.
Desnecessário dizer que as empresas que usam o serviço de nuvem da Amazon não estão nada contentes, sendo que algumas já estão considerando usá-la como fornecedora complementar (não mais principal) ou mesmo parar de usar seus serviços. O site WhatsYourPrice.com, por exemplo, já anunciou que vai abandonar o serviço alegando que as interrupções comprometem a reputação do site. Quem pode se dar bem com isso é o Google, que anunciou recentemente que vai entrar no mercado de IaaS (Infraestrutura como um serviço) e cobrará metade do preço da Amazon.
O episódio ressaltou os riscos a que ambos (empresas e consumidores) estão expostos à medida que cada vez mais aderem à nuvem, renovando a preocupação com relação à dependência desses serviços.
Aqui no Brasil também tivemos o nosso apagão, em abril deste ano grande parte dos ebooks brasileiros ficaram indisponíveis para venda no site da Livraria Cultura devido a uma pane no servidor remoto da livraria. A situação se revelou ainda mais grave pelo fato de que os ebooks não poderiam ser imediatamente recuperados, já que nem a Livraria Cultura nem a empresa que fornece o servidor possuíam backup. Esta história pode ser lida aqui.
Matéria completa na Folha de São Paulo com mais informações no computing.co.uk .