Esse é o mote de uma matéria da Folha, publicada hoje. Ela fala a respeito de sites onde aspirantes a escritor podem escrever e postar seus textos em tempo real, recebendo feedback direto dos leitores, sem precisar de editoras. “As editoras não querem que aconteça com elas a mesma coisa que aconteceu com a indústria da música”, disse Per Larsen, o presidente-executivo da companhia iniciante dinamarquesa Movellas. “Sabem que o modelo de negócios do mercado editorial foi destruído”.
O Movellas é um desses sites, e vem sendo muito procurado nos últimos meses. Seguindo o mesmo exemplo há o Book Country, da Penguin. “Queremos ser a comunidade líder mundial na identificação de novos talentos”, disse Larsen. Já existem dezenas de milhares de texto publicados no site a cada mês, por jovens escritores como a britânica Ebonie Maher, 19, que posta principalmente poemas no Movellas. “Eu adoraria me tornar escritora”, diz, acrescentando que as críticas construtivas que recebe ajudam em seu desenvolvimento.
Entretanto, não é novidade que a internet já é o palco de novos autores, descobertos pelos leitores e também por grandes empresas que não são (ou não eram) editoras. Foi graças à liberdade da rede que autores como John Locke e Amanda Hocking foram descobertos, e ganham milhões vendendo seus eBooks na Amazon. Se fossem seguir pelo caminho tradicional, de enviar seus manuscritos para avaliação em editoras, é bem capaz que não tivessem sequer publicado um livro.