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Será que R$ 5,99 é um valor ideal para eBooks?

17/07/2012
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O eBook, desde que foi lançado, gera certo desconforto para quem o produz. Além de todos os problemas encontrados na produção, outro que também assombra é a definição do preço de venda.

As editoras tentam utilizar o modelo de preço imposto pela Amazon, que é por volta de US$9.99 (cerca de R$ 20) para alguns best-sellers. No entanto, o que explicaria algumas editoras venderem bons livros por apenas US$2.99 (ou R$ 5,99 no nosso caso)? Como é o caso de City of Veils de Zoe Ferraris, que está sendo considerado um livro 5 estrelas.

Uma razão para o preço baixo – que tem lá seu sentido – é vender livros de pessoas totalmente desconhecidas, ou aquelas que querem se auto-publicar, já que não há espera pelo seu lançamento. Um valor irrisório talvez fizesse crescer o interesse em torno da obra, mas o que não tem sentido é comercializar algo com grande potencial em um valor muito baixo (como estão querendo). Afinal, quando essa questão foi posta em pauta, a intenção era realmente ter uma certa diferença de valores entre o físico e digital, mas não uma que fosse grande a ponto de pôr em riscos às vendas dos físicos, que até agora é o que mantêm uma editora. Por isso mesmo, a versão digital era lançada depois da física, mas com protestos de leitores, a coisa mudou de figura.

Para o blog An American Editor, isso é culpa dos próprios editores:

“A indústria se colocou na camisa de força com sua própria criação. A intenção era publicar a versão em ebook à preço reduzido, mas o suficiente para estar na mesma linha que a versão física. (…) e, com protesto de leitores e até mesmo de alguns editores, as duas versões passaram a ser publicadas simultaneamente, por isso  as editoras decidiram que não mais fixariam um preço para os ebooks por medo de canibalizar as vendas dos livros físicos, isso não apenas por causa do dinheiro, mas pela própria desvalorização desse tipo de produto.”

E tem mais, com todo esse fenômeno da auto-publicação, o mágico preço de $2.99 é muito atraente e está sendo muito comercializado também. Um terror para as editoras:

“No final, acho que as pessoas acreditam que $2.99 é um preço mágico para ebooks. A combinação do fenômeno da auto-publicação e com os descontos oferecidos, mesmo que por tempo limitado, vai criar uma expectativa nos usuários que os editores não serão capazes de nutrir.”

Ou seja, será mesmo que os livros digitais deverão ter esse preço? E será que vamos conseguir usa-lo sem quebrar as pernas?

Veja o texto completo do blog An American Editor aqui.

 

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  1. A questão é muito complicada e delicada. Depende do ponto de vista de quem produz, de quem distribui, de quem vende, de quem compra e de quem lê. (Nem sempre quem compra, lê). – Acho que cada um tem a visão "de um ponto"! – eu produzo ePubs/eBooks, compro e leio sempre posso. Pra mim, o valor até R$ 10,00 por um livro digital, qualquer que seja, tá BOM demais! Acima disso só pago se for MUIIIIITO bom mesmo.

  2. Acho a ideia de “imitar” a Amazon boa, mas não faz nenhum sentido se substituir os $9,90 por R$20, mas sim por algo em torno de R$9,90. Deixei de comprar muitos ebooks aqui no Brasil pq o preço era comparável ã versão em papel, comprada pela internet e entregue em seu endereço – mais de R$25 – o que na minha opinião está extremamente caro para um ebook. Se tivéssemos maior quantidade de títulos a R$10 ou menos, e quem sabe os lançamentos por R$15 a R$20, comparados aos mais de R$30 da versão em papel, os ebooks vendessem melhor…

  3. Se um ebook custar 2,99 e vender 100 exemplares, e um ebook custar 9,99 e vender 10 exemplares, o ebook a 2,99 dá mais lucro do que o de 9,99. É fato que quanto mais barato um ebook, mais ele vende.

  4. 10 reais é um valor bacana, principalmente pq ebooks custa mais barato do que um livro físico e no Brasil, o valor pago para quem o produz é risório, por isso não há nenhum motivo para ser mais caro ou equivalente ao preço de um livro convencional.

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