Parece que a reclamação geral, e o buzz que o acontecimento trouxe fizeram alguma diferença no caso PayPal x Smashwords. Ontem o CEO da loja de livros Mark Coker explicou em seu blog que os Termos e Serviços antigos, de antes da censura, passavam a valer novamente:
“Me encontrei com o PayPal esta tarde em seu escritório em San Jose. Eles vão anunciar em breve as políticas de conteúdo revistas, que eu espero que agradem à comunidade Smashwords. Com efeito imediato, estamos retornando nossos Termos de Serviços pré-24 de fevereiro. Além disso, nossos amigos no PayPal me pediram para adiar o compartilhamento de detalhes adicionais até que tenham a chance de finalizar as suas novas políticas. Obrigado pela sua paciência e apoio durante estas loucas últimas semanas.”
Isso tudo aconteceu após o PayPal pedir para que o Smashwords, um dos maiores sites de venda de livros auto-publicados do mundo, retirasse do ar livros que possuíssem conteúdo erótico pesado, como estupro, bestialidade e outros. O Smashwords reclamou em seu blog, e daí pra frente tudo virou uma bagunça. Associações de autores e editoras, além de autores, reclamaram publicamente, fizeram cartas abertas e abaixo-assinados pedindo o fim da censura.
Com toda a repercussão negativa para o PayPal, eles correram se justificar e explicar o ocorrido, e acabaram por revisar essa “censura”, como vimos agora. Não é errado escolher com quais produtos uma empresa privada quer trabalhar. O problema é quando uma empresa privada tem o poder de censurar conteúdo. Mesmo contendo histórias impróprias, a linha entre o que é bom ou ruim para o leitor é muito tênue, e realmente não cabe a uma empresa avaliar.
Vamos acompanhar o caso. Leia o que já foi publicado aqui.
Com informações do eBookNewser.