Nos últimos anos, a Amazon vinha mantendo um hábito. Sempre ao final de dezembro, após o Natal, a Amazon anunciava como as vendas do Kindle tinham sido ótimas, que tinham sido melhores, quebrado recordes, etc.
Este ano, porém, a Amazon manteve-se em silêncio. O silêncio não passou despercebido:
Eles não disseram que este foi o melhor ano de todos para as vendas de hardware. Uma declaração semelhante constou no comunicado à imprensa de 2010 e 2011, mas não no comunicado que saiu em 27/12. Na verdade, as versões mais antigas do comunicado começavam com o alarde sobre vendas. Você se lembra da afirmação dos milhões de Kindles vendidos a cada semana? Isso é o que a Amazon disse no ano passado, mas não disse este ano.
Eu sei que esta é uma prova muito sutil, mas você não acha que a Amazon teria se gabado das vendas se eles pudessem se gabar? Eu certamente teria feito isso. (Nate Hoffelder, The Digital Reader).
Será que os dias de “céu de brigadeiro, mar de marinheiro” da Amazon estão terminando? Pouco provável. Mesmo assim, a diminuição do tom do anúncio da Amazon é relevante. Há que se levar em conta que os tablets custam mais caro que os eReaders, e a Amazon passou a apostar com força nos tablets – um mercado com a concorrência da Apple. O mercado americano de ebooks, por sua vez, está crescendo num ritmo mais “devagar” – as vendas de ebooks deixaram de aumentar 3 dígitos por ano, para aumentar dois dígitos por ano, ainda algo expecional, só que não tanto quanto antes.
Se o mercado brasileiro descobrir o kindle em 2013 vai ser o melhor de todos os anos pra amazon. Entretanto, o congresso tem que desonerar os e-readers e o ponto frio ser menos ganancioso.
Duvido que o governo vai deixar de perder esse imposto e ainda mais prejudicar as editoras
Hardware não é o foco para a Amazon. Tanto que havia suposição de venda abaixo do preço de custo de seus tablets. O importante para a Amazon é a venda de conteúdo, aí que ela fatura.