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Com o digital, isso não aconteceria

17/01/2013
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Enquanto a televisão mostra uma mulher completamente nua no início da tarde (a mulata Globeleza), um juiz mandou recolher livros eróticos no RJ, sob a alegação de que, fazendo isto, estava cumprindo a lei e “protegendo crianças e adolescentes”. É o que relata o Estadão.

A alegação do juíz da 2ª Vara de Família de Macaé/RJ é que o conteúdo de alguns livros, impróprio para menores de 18 anos, deveria ser lacrado e inacessível para menores de 18 anos. Toda decisão judicial deve ser cumprida, e é isso o que a livraria Nobel, vítima da ação, fez ontem.

Os adolescentes devem bocejar com as cenas de sexo repetitivas da série 50 tons e seus genéricos e similares.

Este tipo de ação é uma arbitrariedade patética de um juíz que, provavelmente, lê livros, mas nunca assiste televisão no horário do almoço (o horário em que qualquer criança pode assistir uma totalmente mulher nua, embora pintada, sambando na TV).

Com o formato digital, algo assim não pode acontecer. Vide a biografia de Roberto Carlos, que teve a venda interditada e logo começou a circular em versão pirata na Internet, anos atrás. Nenhum juiz tem o poder de impedir a circulação de livros e conteúdo na rede, por melhor (ou pior) que seja a intenção.

A não ser, claro, que o mesmo juiz tenha a brilhante ideia de parar a Internet e suspender a realidade. Podemos até imaginar a situação: o mesmo juiz alegando que a internet e a realidade ofendem o Estatudo da Criança e do Adolescente, logo, crianças e adolescentes teriam que ser protegidas da internet e da realidade. Que tal se as crianças fossem protegidas da hipocrisia, da miséria e da violência, ao invés dos livros?

Fonte: Estadão (Maria Fernanda Rodrigues)

 

    1. Oi Eduardo! Só tive medo de não poder mais compartilhar! dhsaudhsau Sempre que leio uma matéria interessante aqui (e são várias) eu tenho vontade de compartilhar. 😉

    1. Eu apóio seu direito de apoiá-lo. Mas, aos 8 anos de idade, eu já lia coisas mil vezes mais espantosas do que 50 Tons de Blablablá e semelhantes. Quando um garoto está disposto a ler coisas assim, não é um juiz que irá impedi-lo. O que os pais devem fazer é orientá-lo para que não se perca nos labirintos da imaginação.

    2. Não sei… ao proibir ele só está atiçando ainda mais a curiosidade dos adolescentes, que já são curiosos por natureza. Em tempos de banda larga e pornografia hardcore online em abundância pela rede, essa medida do Juiz só está tornando os livros do gênero ainda mais desejáveis para os jovens.

  1. Se essa moda pega, vão obrigar a lacrar revistas com mulheres nuas ou cenas de sexo, o que nem sempre é realidade. Que coisa mais rídicula, excelentíssimo!

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