Mike Shatzkin

Devemos Esquecer Mesmo o Livro Impresso?


Há alguns dias Mike Shatzkin, editor e especialista no mercado digital, publicou em seu site um interessante artigo. Nele, Shatzkin nos conta a respeito da recente parceria entre o Kindle Million Clubber John Locke e a editora Simon & Schuster para imprimir suas obras que já faturam milhões de dólares apenas no formato digital.

OK, now we know another new paradigm for book publishing in the digital age with the announcement of self-publishing author John Locke’s new deal for print distribution with Simon & Schuster.

De acordo com o especialista, essa é uma notícia que vai contra a maré atual, mostrando que não necessariamente devemos esquecer os negócios no mundo dos impressos e cair de cabeça no mundo digital. Por enquanto, livros impressos ainda são essenciais para o mercado editorial, e por isso não devem ser postos em segundo plano.

Esse acordo também revela mais informações a respeito do que está virando o mercado editorial, hoje. Mesmo publicando seus livros digitais com a Amazon, Locke fechou o acordo dos impressos com a Simon & Schuster. Seria essa uma nova tendência? Vai virar moda o autor assinar com editoras diferentes para cada mídia que publicar? É provável que sim, se as editoras não se arrumarem a tempo. E isso poderá ser benéfico ao autor, já que ele poderá fazer acordos que o satisfaçam em empresas diferentes, com mais liberdade.

Por outro lado, também mostra que editoras, mesmo que ainda não tenham se adaptado ao digital, ainda podem fazer bons negócios, até mesmo com autores que se alavancaram sozinhos, sem a ajuda de qualquer empresa.

E, por último, mostra também que é preciso diversificar, não importando se você é autor, editora ou seja lá o que for. Publique seu livro em quantos meios conseguir, para garantir uma renda de todos eles. Estamos em uma época de apostas.

Mais um parágrafo interessante, Shatzkin diz que:

Strictly speaking, that would make Locke himself the publisher and the party responsible for the cost of inventory. S&S would warehouse that inventory and handle all the mechanics of distribution, including billing and collecting. Then they would remit the larger portion — probably more than 70% and less than 80% — of the revenue they receive to Locke.

Isso abre mais um caminho para as editoras, mais uma opção. Locke pode estar agindo como seu próprio editor, deixando para a S&S apenas as burocracias com impressão e distribuição. Me parece que é um bom acordo também, já que Locke pode tirar mais dinheiro nessa história e a S&S pode se preocupar apenas com uma parte que sabe executar com maestria, e menos incentivo financeiro.

 

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