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Papo no Twitter: Qual o Problema da Pirataria?

02/12/2011
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Perguntamos no Twitter “A Pirataria é um problema de preço ou de serviço?” para discutir nas redes sociais a recente afirmação de Gabe Newell, da Valve. As respostas surgiram tanto no Twitter como no Facebook, e vamos reproduzi-las abaixo:

@mezgravis: Será basicamente de serviço, especialmente se a comercialização se concentrar novamente com a chegada da Amazon. Preço também é um problema pois a referência são os altos valores dos livros impressos no Brasil hoje, especialmente TCP. Mas vejo principalmente o problema do serviço. Não existem tantas livrarias assim no Brasil, e venda virtual já está concentrada.

@martinhamr: Eu acho que o problema da pirataria são os altos preços dos eBooks, e a pessoa que lê livros piratas não considerar isso errado.

@tiagoamelo Acredito que muito mais de preço.

@folhetimonline Para mim, de preço.

@franciscotbjr Serviço.

Alex Paiva Preço.

Gianlorenzo Santarosa Serviço. É mais fácil você piratear do que comprar um Adobe CS5. A iTunes Store vende mais que qualquer coisa na terra porque é mais simples comprar lá que qualquer outra loja do planeta.

Enrique Camargo Trevelin Serviço, muito mais do que preço. Eu só continuo baixando mp3 pirata por causa da itunes music store inexistente no Brasil….

Denis Silvestre No caso de filmes, músicas, programas, entre outros, é preço….

Ricardo Sato Preço, porque o brasileiro é cobrado em +200% do valor de venda do produto no país de origem. Serviço, porque os modelos de uso que a internet têm proporcionado estão tornando o consumo de mídias físicas algo mais passional do que prático.

Gilson Machado Ambos. Depende do caso… No caso de música, séries de TV e filmes é por serviços ruins, lentos nos lançamentos ou simples inexistência. Já no caso do software, é pelo preço. Se o Windows e o Office tivessem preços justos, a pirataria tenderia a diminuir muito. Tem o Linux, obviamente, mas nem tudo roda nativamente nele ou mesmo no Wine. Veja as licenças de software para Android e iOS: eles têm ótimos preços. Piratear para quê? É muito mais prático e fácil usar o original, neste caso.

Stéfany Dauer De preço e abuso.

Beatriz Mendes Carneiro Hoje em dia, de serviço. A única maneira de evitá-la é com criatividade nos serviços.

José Fernando Tavares Os dois. Os preços são altos para um serviço muito ruim…

Felipe Santos Interessante o ponto de vista e a solução atraves de um modelo de negocio fechado…como a Amazon, Apple, e outras…é muito pratico quando possivel ser adotado. Mas acho que antes de ser um problema de preço ou de serviço..vejo a pirataria como um problema cultural…infelizmente os empresarios acham que sempre que houver uma brecha seu produto será pirateado – o que pode até ser verdade – mas de duas uma: ou surge um metodo ou tecnologia que facilite a distribuição – como a marca d’agua, por exemplo, ou centralizamos a distribuição dos livros com modelos fechados de conteúdo e hardware de leitura…

Ana Maria Hitomi Acho que o DRM só prejudica o comprador. Quem quer piraterar vai quebrar o DRM em meia hora (já tem programinhas na internet) e distribuir prá quem bem entender, enquanto que quem paga tem seus direitos restritos. Está na hora das editoras pensarem em formas diferentes de se tornarem atrativas.

As opiniões se dividem, então vemos que o problema está nos dois casos. Aqui no Brasil, em certos produtos – incluindo aí tablets e eReaders, somos taxados de maneira incompreensível, e temos os mais altos preços do mundo. Quando falamos de coisas mais baratas, como aplicativos e até eBooks, o problema reside no serviço.

Quem quer comprar um livro impresso, entra em uma livraria, pega o livro na mão, vai ao caixa e paga da melhor forma. E sai com o livro na mão, na hora. Quem quer ficar fazendo cadastros enormes, milhares de cliques, e depois ainda receber uma nota fiscal de papel em casa? O problema das mídias aqui no Brasil é esse.

Como citado pelo Gianlorenzo, a Apple Store é o que é, e tem o sucesso que tem porque é muito fácil, assim como a Amazon. Cadastre seus dados e seu cartão uma vez e pronto: você compra com um clique no site, no aplicativo, em qualquer lugar, e recebe o produto na hora.

A participação de todos foi muito interessante, e espero que possamos dar continuidade a esse debate aberto no Twitter. Se desejar participar dos debates posteriores, siga o twitter do Revolução (@revebook) e fique atento às próximas perguntas.

 

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