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Tablets evaporam vendas de ereaders, agora chamados de “produto de transição”

08/11/2012
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A Folha de SP reproduziu, hoje, texto da Reuters sobre a decadência dos leitores e-ink ao redor do mundo. Para alguns, isso vai parecer incrível, mas há tempos os ereaders deixaram de ser a última moda em Paris. Em maio, nós comentamos este mesmo assunto, após uma pesquisa do BISG revelar a nova tendência.

Uma recente pesquisa do Pew Research Center constatou que, dos americanos com mais de 30 anos que possuem o hábito de ler e-books, menos da metade utiliza leitores eletrônicos. Para as pessoas com menos de 30 anos, a proporção cai a menos de um quarto.

Os consumidores estão optando crescentemente pelos tablets, ao invés de ereaders. O grau de migração de uma tecnologia para outra é tão grande, que as projeções de vendas de ereaders e-ink despencaram:

Os analistas de mercado reduziram suas projeções quanto ao setor, em alguns casos dramaticamente. A IHS iSuppli previu em dezembro passado que 43 milhões de leitores eletrônicos seriam vendidos em 2014. Ao revisar esses números, no mês passado, a estimativa foi reduzida em dois terços. Em contraste, o Morgan Stanley duplicou em junho sua projeção para os embarques de tablets em 2013, calculando 216 milhões de unidades ante a previsão de 102 milhões que havia feito em fevereiro de 2011.

Apesar da tela iluminada dos tablets desagradar aos puristas, um tablet fornece mais opções de uso no trabalho e para lazer, do que os ereaders, geralmente aparelhos cuja única função é a leitura.

“Os caras da E Ink devem estar frustrados, mas os leitores eletrônicos claramente são um produto de transição”, disse Robin Birtle, dono de uma editora de livros eletrônicos no Japão. “A molecada não precisará deles.”

Se os ereaders mantiverem a tendência de queda de preço para o consumidor (ano após ano, eles têm ficado mais baratos) e permanecerem muito mais baratos que os tablets, pode ser que a tecnologia permaneça viva por mais tempo. Logo iremos descobrir isso no Brasil. Por exemplo: qual será a diferença de preço entre um ereader da Kobo, vendido na Livraria Cultura, e um iPad Mini ou um tablet Android simples? Se a diferença for pequena, já se pode imaginar o que irá acontecer.

Fonte: Folha de SP

 

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  1. Eduardo eu não entendo o porque vcs insistem em comparar um tablet com um e-reader, para quem quer ler um livro por ano pode ser que o tablet seja útil, mas para realmente quem gosta de ler o e-reader é sem comparação muito melhor.

    1. Não somos nós que insistimos nisso. São as análises de mercado, os consumidores em geral e a mídia. E independentemente de preferências, parece que a realidade é esta mesmo: os tablets estão ocupando o espaço dos ereaders.

  2. Sua análise, Eduardo, parte de uma premissa equivocada. Realmente a grande maioria prefere o tablet. Sabe por quê? Não por causa de preferir uma tecnologia sobre a outra. O tablet vende mais porque o consumidor quer um aparelho que simplifique o uso do notebook. Que tenha uma portabilidade ainda melhor. E, principalmente o jovem, quer estar "na crista da onda". Agora, se você quer comprar um dispositivo de leitura, escolherá o que? Ainda que o preço seja igual, você preferirá o e-reader, por basicamente dois motivos: tela e-ink e duração da bateria. Será difícil entender isso? Mesmo que o e-reader seja mais caro, continuarei preferindo o e-reader se eu quiser apenas ler livros, ok? Dizer que "os tablet estão ocupando os espaços dos e-readers" é não entender que a função de cada um difere na sua essência. Um não compete com o outro, amigo.

    1. Oi Fábio. Eu não parto de uma premissa equivocada. Estou só reproduzindo o que os analistas de mercado e, em última instância, os consumidores estão dizendo: as pessoas estão comprando mais tablets, e isso está se refletindo diretamente em quedas na venda de e-readers.

    2. Ereader e Tablets são aparelhos completamente diferentes projetados para públicos completamente diferentes e com finalidades completamente distintas. Leitores hardcore, aquelas pessoas que gostam de ler 1, 2 horas por dia, que gostam de devorar livros de 500, 700 ou até 1000 páginas, esses leitores jamais comprarão um tablet para ler, simplesmente porque é inviável. Os e-readers são feitos para esse tipo de leitor.

      Tablets, por outro lado, são projetados para uma experiência multimídia. Vídeos, jogos, internet, música e, como são multimídia, também podem servir para leituras rápidas, como periódicos, jornais, blogs, revistas e arquivos em PDF. Leituras rápidas e nada que exija uma leitura demorada.

      O que os analistas dizem não levam nada disso em conta. Eles só querem maximizar os lucros das empresas a que prestam serviço, muitas vezes passando por cima do óbvio, ou ignorando mesmo. Para eles, são apenas números e lucro.

      As duas plataformas tem clientes distintos, e continuarão co-existindo por um bom tempo, até que a evolução natural das duas chegue a um produto híbrido que realmente atenda as necessidades dos leitores hardcore.

      Se você acha que os analistas estão certos, faça a prova prática. Pegue um livro qualquer e coloque o mesmo no tablet e no ereader. E leia 1h em cada dispositivo e depois me diga qual deles é ideal para leitores hardcore.

    3. Como explicar então que a venda de ebooks para kindle já supera a venda de livros físicos na Amazon? Para ler os ebooks os leitores precisam do e-reader… Sei não… Meio tendenciosa essa matéria. Com essa expansão da amazon para o Brasil e para outros países, tendo um e-reader como principal produto, será mesmo que eles estão em decadência? A questão é que e-readers sempre… SEMPRE foram produtos diferenciados, para uma faixa específica de consumidores (aqueles que apreciam a leitura num aparelho confortável com tecnologia específica pra isso). Qualquer tentativa de traçar um paralelo entre essas duas tecnologias distintas, além de boba será equivocada, porque nem todos possuem o hábito de ler (e menos ainda gastam com isso), mas a grande maioria adora ver um vídeo ou jogar um joguinho bobo qualquer em um tablet.

  3. A maioria das pessoas não gosta de ler, então é óbvio que tablet vende mais. Mas entre leitores é claro que e-readers vendem mais. Tanto que a Amazon tá sem estoque no Kindle Paperwhite.

  4. Eu ia escrever um comentário longo sobre o tema, mas o Rossi, o Gagliano e o Reinaldo já deram umas boas pinceladas. Para entender por que um tablet sempre será mais vendido que um ereader com e-ink, basta sair pela rua perguntando às pessoas: "Você assistiu TV hoje? Vc leu um livro… esta semana?" O tablet é apenas a outra ponta do YouTube, do Facebook e de outras mídias semelhantes. (De fato pode ser também um ótimo substituto para um notebook.) Mas o melhor do ereader é justamente não possuir tais distrações.

  5. Pingback: E-readers em declínio | E-ditar | Livros em Digital

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