Livros digitais, jovens e o futuro das bibliotecas – artigo


Revolução E-book

No mercado em geral – e inclusive nesse site – falamos muito a respeito dos livros digitais para editoras, para escritores, autores, produtores editoriais, livrarias, pais e outros, mas pouco se fala desse meio para o jovem, aqueles que já são formadores de opinião, e que, teoricamente, já entendem muito de tecnologia.

Entretanto, nem todos entendem de tecnologia como esperamos. Muitos sabem entrar no MSN e no Facebook para bater papo, muitos sabem baixar jogos no iPad, mas quando perguntamos sobre o formato ePub, muitos não sabem responder. Aqui no Brasil já é sabido que lê-se pouco. Temos jovens muito interessados em leitura e outros que sequer lêem um livro por ano, é um país grande e com muitas variáveis.

Então é sempre louvável quando um canal jovem, que informa e forma jovens, apresentar uma reportagem sobre livros digitais no melhor estilo “trilha sonora musical de fundo”, com trechos de vídeos rápidos e picados, para não aborrecer quem mal tem tempo para parar 5 minutos em um site. Vale conferir o vídeo abaixo (que também possui um segundo bloco, deixe o vídeo terminar que o segundo começa a seguir), com opiniões interessantes para os dois lados.

No vídeo, alguns jovens dizem não querer adotar a tecnologia dos livros digitais porque apreciam ter algo nas mãos para folhear, para virar páginas, para sentir o cheiro do livro. Reclamam também que a formatação e fonte dos livros é sempre a mesma, todos os livros digitais são iguais – ô desinformação… –, e que livros para estudo são melhores quando físicos, para permitirem grifos e anotações (fica parecendo que realmente não conhecem as praticidades do gadgets de hoje em dia…).

Há também ótimos depoimentos de Ann Thornton, da Biblioteca Pública de Nova York, uma das primeiras bibliotecas a assinarem o acordo de digitalização de acervo com a Google Books. Hoje já possui um enorme acervo digital, que é acessado principalmente entre as 21 à 1 hora da madrugada, horário em que a biblioteca não está aberta. Ann também diz ter visto um grande aumento na frequência à biblioteca. Segundo ela, nunca na história do local tanta gente foi à biblioteca, e nunca tanta gente acessou o catálogo digital. Ou seja, crescimento para os dois lados, livro impresso e livro digital.

Ela é uma pessoa de mente aberta, que adora ler no iPad e fica feliz com o aumento geral, dizendo que seus livros estão chegando a mais pessoas. É esse o pensamento!

Um outro trecho trata da entrevista com Jorge Viveiros, da Editora 7 Letras. A editora adotou uma política de vender seus livros digitais (que na versão impressa custam a partir de R$25) a R$7, para ser acessível. Eles acreditam que assim podem diluir o preço do livro com uma “tiragem” maior, um bom exemplo de cauda longa.

O vídeo encerra com uma entrevista com Mike Matas da PushPop Press, que fez o livro Our Choice do Al Gore e foram recentemente adquiridos pelo Facebook. Matas explica um pouco sobre a interatividade do livro e mostra outras opções para o mercado digitial.

Livros digitais, jovens e o futuro das bibliotecas

 

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