Há cerca de uma semana, a Amazon mudou as regras para venda de livros impressos em seu site. A partir de agora, vendedores terceirizados podem “conquistar” o botão de compra dos livros, desbancando a Amazon (e as próprias editoras), quando um livro ficar “fora de estoque” na própria Amazon. Esta sistemática já é aplicada em praticamente todos os outros produtos vendidos na Amazon. Se a Amazon vende um produto e fica sem estoque, outro vendedor terceirizado, que possua o produto em estoque, “conquista” a primeira opção de venda na página do produto, tornando-se a opção padrão do botão de compra (posição disputadíssima [leia mais]
10 dicas para autores iniciantes (e algumas editoras também)
O objetivo deste texto é propor uma breve reflexão sobre os caminhos da auto-publicação e outros modelos de publicação, para que o escritor iniciante, esclarecido, tome decisões conscientes antes de lançar suas obras. (Estas dicas são de autoria de Andréa Biancovilli, sócia proprietária da Editora Biancovilli) Escritores podem ser românticos por natureza, mas, na hora de traçar os planos de produção, distribuição e divulgação de suas obras, têm que colocar os pés no chão e pesar os prós e os contras dos diversos modos de publicação existentes. Ainda mais hoje, em que não existem só dois lados de uma moeda [leia mais]
Ascensão dos ebooks tira do mercado 98 editoras na Inglaterra
Talvez não sejam só as pequenas livrarias (ou livreiros?) que estão ameaçados de extinção na Inglaterra, por culpa dos ebooks. Segundo o jornal Financial Times, 98 editoras fecharam as portas na Inglaterra. A ascensão dos e-books e a pressão exercida por importantes varejistas para baixar preços dos livros vêm forçando um grande número de editoras na Inglaterra a deixarem o mercado, conforme sinalizou uma pesquisa realizada pela empresa de contabilidade Wilkins Kennedy. Por lá, 98 editoras de livros, periódicos e outros materiais semelhantes se afundaram em dívidas e fecharam neste ano –até o final de agosto. Houve um aumento de [leia mais]
Levantamento da CBL mostra adesão das editoras aos ebooks
O levantamento, realizado pela CBL no último Congresso do Livro Digital, em junho, teve a participação total de 126 pessoas. Diante da questão “A sua editora já comercializa livros em formato digital”, 86 pesssoas (68%) responderam que sim. Para as 40 pessoas restantes (32%), alguma dificuldade impede a entrada da sua editora no mercado digital – 20 delas (50%) indicaram que as principais dificuldades residem na dúvida sobre qual formato utilizar e na falta de conhecimento técnico. A pesquisa fez um total de 22 perguntas aos entrevistados, que responderam sobre temas como direitos autorais, perspectivas comerciais, relação entre impresso e [leia mais]
Ática lança coleção em formato digital-only
A Editora Ática anunciou o lançamento da coleção Jogo Rápido, parte do best-seller internacional The 39 Clues, de um escritor que se identifica como Clifford Riley. Os sete ebooks, segundo a editora, foram desenvolvidos para facilitar a leitura em telas de celulares e tablets, e estão disponíveis exclusivamente em formato digital. As narrativas são indicadas para leitores com idade a partir de 11 anos. “As histórias contadas em cada um dos livros são independentes e não interferem diretamente no enredo da coleção The 39 Clues”, explica a editora, em release. Os títulos Legado, Estopim, Caçados, Arrasados, Turbulência, Invasão e Fogos [leia mais]
Economia criativa e perspectivas para pequenas editoras
Artigo por Ednei Procópio Acima de questões como interface, acesso, quantidade e distribuição de exemplares digitais talvez esteja aquela que irá forjar o verdadeiro e novo mercado editorial: a questão da precificação dos livros. Eduardo Melo, da Simplíssimo Livros, ensinou-me como traçar um paralelo entre a crise econômica mundial atual e o fortalecimento do mercado de eBooks através da popularização do preço de capa dos livros. Aprendi, em uma de suas palestras, que crises econômicas mundiais geralmente influenciam diretamente no consumo dos livros. Desde as Primeira e Segunda Guerra Mundial, passando pelas primeiras crises do petróleo [1972 e 1975], houve [leia mais]
Editoras e startups estão fadadas a trabalhar juntas, diz estudo
Javier Celaya, consultor espanhol especialista no mercado editorial, publicou hoje o estudo “Como colaborar com startups”. Publicado originalmente em inglês e espanhol, a versão para o português foi realizada pela Simplíssimo, em edição especial para o 4º Congresso Internacional CBL do Livro Digital – Javier é um dos palestrantes confirmados do Congresso. O estudo completo, disponível para download, traça um diagnóstico das relações existentes entre editoras e startups, apontando soluções práticas para o mercado editorial abraçar melhor a tecnologia. Também analisa por que editoras e startups do setor cultural tem uma imagem ruim junto aos investidores de capital de risco, e o que podem fazer [leia mais]
Editoras apostam agora em e-books curtos e baratos
Marginalizados no mundo analógico, onde amargam vendas baixas e a desconfiança das livrarias, formas mais breves de ficção e não ficção ganham uma nova chance entre os usuários de tablets e smartphones. Afinal, parece lógico que plataformas digitais cada vez menores e mais portáteis favoreçam obras menos extensas. Não por acaso, selos como Penguin Shorts e a Story Cuts (da gigante Random House) passaram a explorar o filão dos livros digitais curtos e baratos. Chamados de e-shorts ou minie-books, eles oferecem conteúdo inédito ou recortes de obras já existentes no formato avulso, nos moldes dos singles de música do iTunes. [leia mais]
Quem está mais ameaçado de extinção, a livraria, ou o livreiro?
Em vários países, o número de livrarias independentes está encolhendo a olhos vistos. No Brasil, o número de livrarias encolheu 12%, segundo recente pesquisa da Associação Nacional de Livrarias (veja a fonte no final do texto). Aí começa a se pensar que a pequena livraria está ameaçada, pode desaparecer, etc. Esta semana, porém, uma nova livraria independente abriu em São Paulo, com um modelo de negócios interessantíssimo, que pode mostrar um caminho para salvar as pequenas livrarias da extinção – embora não os livreiros. Maria Fernanda Rodrigues (no Estadão) conta a história por trás da inauguração da Intermeios, livraria aberta [leia mais]
Governo da Guiana aprova compra de livros piratas e revolta editoras internacionais
A notícia parece surrealista, mas real. O governo da Guiana, país sul-americano que faz fronteira com o Brasil ao norte (Roraima e Pará), confirmou ter adotado como política oficial a aquisição de livros didáticos piratas. A oficialização da prática mexeu com os brios da Publishers Association do Reino Unido, que repudiou a decisão e tentará medidas legais contra o país: A decisão do Conselho de Ministros, na Guiana, de adquirir livros piratas para as escolas públicas é um ato indiscutivelmente ilegal … À luz da confirmação oficial por parte do Ministério da Educação, de que a aquisição de livros pirateados é [leia mais]
Estrangeiros apostam em talentos brasileiros para seduzir editoras
Deu no Publishnews a notícia da contratação, pela Kobo, de Camila Cabete, que deixa a posição de comercial na Xeriph para ser gerente sênior de relações com editores (antes de mais nada, parabéns Camila, e muito sucesso!). Camila já é a quarta profissional de destaque no mercado brasileiro a ser contratada por um player estrangeiro no segmento de eBooks – os três primeiros foram Newton Neto (saiu da Ediouro para o Google), Mauro Widman (saiu da Livraria Cultura para a Amazon) e Ricardo Costa (que saiu do Publishnews para a Copia). Em comum, o mesmo objetivo: conseguir conteúdo de qualidade em [leia mais]
Quem está ficando para trás na revolução do eBook?
A revolução do eBook está a todo vapor mas tem gente que ainda não conseguiu tomar parte disso. Produtores de livros de fotografias, de culinária ou de ilustração, por exemplo, estão tendo uma grande dificuldade em lidar com as “novidades” impostas pelos livros no formato digital e vêem, ao mesmo tempo, editoras que vendem exclusivamente livros “convencionais”, isto é, apenas com texto, venderem gigabytes de eBooks. Segundo matéria publicada pela Forbes, a editora londrina Quarto Group, especializada em livros de ilustração, fez US$ 1,6 milhão no primeiro semestre de 2012 com livros digitais – apenas 2,2% de toda a sua [leia mais]
10 editoras vendem um terço dos eBooks em português; concentração prejudica consumidores (atualizada)
Quando olhamos com atenção para os volumes publicados por cada editora brasileira, encontramos dois padrões distintos. De um lado, há um pequeno grupo de editoras que incorporou o eBook, definitivamente, aos seus negócios. De outro, um vasto contingente de editoras que só agora começaram a explorar o novo produto. Quase 300 editoras brasileiras oferecem, juntas, cerca de 11 dos 16 mil eBooks em português disponíveis atualmente, ou 70% dos eBooks. Os 30% restantes são títulos de domínio público (15%) e os outros 15%, autores auto-publicados. As dez editoras com mais eBooks publicados oferecem 50% de tudo o que as editoras já [leia mais]
A situação dos eBooks no Brasil, 6 meses depois
Em fevereiro de 2012, publicamos no Revolução eBook os resultados da pesquisa realizada pela Simplíssimo, uma fotografia da situação dos eBooks no Brasil até então – quantos estavam à venda, em quais livrarias, publicados por quais editoras, etc. Seis meses depois, a pesquisa foi refeita, para avaliar o ritmo da evolução do mercado digital no Brasil. Para isso, a Simplíssimo pesquisou metodicamente todos os eBooks publicamente oferecidos, nos sites das 3 principais livrarias de eBooks em português (em ordem alfabética, Amazon, Gato Sabido e Saraiva). Os resultados serão apresentados aqui, de 2ª até 6ª feira, em 5 matérias exclusivas, mostrando os números [leia mais]
eBooks já representam 21% das vendas da Simon & Schuster
A participação dos livros digitais na receita das grandes editoras americanas continua a crescer. Na última sexta, a Simon & Schuster revelou que suas vendas digitais tiveram forte alta no segundo trimestre fiscal de 2012: o crescimento foi de 44%. Assim, os eBooks passaram a representar 21% do faturamento total da editora, que ficou em US$189 milhões – uma alta de 3% sobre os US$183 milhões do ano passado. Segundo a editora, as vendas totais tiveram alta devido à força do digital, mas poderiam ter sido melhores se não fosse a queda nas vendas dos livros impressos. Os ganhos da [leia mais]
Nos EUA: mercado de eBooks teve receita de US$ 2 bilhões em 2011
As receitas obtidas com a venda de eBooks nos pontos de venda virtuais (trade publishing) atingiram US$ 2 bilhões em 2011, mais do que o dobro em relação aos US$ 869 milhões do ano anterior. Os números são da BookStats – joint venture formada entre a Associação de Editores Americanos (AAP) e o Grupo de Estudo da Indústria do Livro (BISG). O percentual de eBooks vendidos em relação aos livros físicos também obteve um crescimento sensível: em 2010 eles eram apenas 6%, fatia que foi ampliada para 15% em 2011. Ainda assim o percentual ficou abaixo da expectativa do mercado, [leia mais]
Amazon Vs. O Mundo. Quem Ganha Essa Batalha?
Um artigo no Publishing Perspectives destacou a hostilidade que se tem observado com relação à Amazon não só nos EUA, mas ao redor do globo. Se por um lado ela continua vendendo muito bem no mundo todo – muitas vezes, mais do que os concorrentes nativos – e possui consumidores sempre ávidos por seus produtos, por outro, ela é constantemente atacada e vista com desconfiança (sobretudo pelos editores). Edward Nawotka, editor-chefe do PP, questiona até que ponto essa relação de amor e ódio pode vir a ser um sério obstáculo para a Amazon, especialmente no exterior. Em princípio, numa economia [leia mais]
Autores de publicações independentes começam a se organizar
Assim como na música, e de uma forma ainda mais simples talvez, autores de eBooks estão cada vez mais andando com as próprias pernas e se arriscando com a publicação independente de seus eBooks. Publicar um livro impresso sem uma editora é realmente complicado, mas com a chegada dos livros digitais, um novo campo se abriu para quem gosta de “ser livre”. O mais interessante é que estes autores estão começando a se organizar. Grupos que funcionam como cooperativas formadas por autores de eBooks começaram a surgir na internet com um simples propósito: divulgar o trabalho destes autores, cujos livros [leia mais]
Para O’Reilly, DRM “leve” não é solução
Joe Wikert, da O’Reilly Media, possui uma opinião simples e direta sobre o tão comentado DRM “leve” para os eBooks: “Não é a solução”. Ele fez alguns comentários bem interessantes, respondendo a um pedido de Bill McCoy, diretor executivo do IDPF. Para Wikert, a aplicação de tal padronização está longe de ser eficaz principalmente pela forma como o mercado se configura atualmente. Em sua visão, como a Amazon detém de 60 a 70% do mercado de livros digitais e não adota o padrão EPUB, isso quer dizer que a solução do DRM “leve” se aplicaria apenas a menor fatia do mercado [leia mais]
Tensão, ou Tesão pré-Amazon?
Saiu no último caderno Link, do Estadão, matéria com o título “Tensão pré-Amazon”. Será que “tensão” expressa corretamente os sentimentos gerais do mercado? Em 2010, realmente, existia um clima de tensão. Durante o 1º Congresso do Livro Digital da CBL, em março daquele ano, o diretor de uma grande livraria disse, com todas as palavras, que se a Amazon chegasse (naquela época) ao Brasil, e uma editora vendesse livros com eles, no dia seguinte os livros impressos da editora estariam fora das prateleiras. Aquilo sim, foi tensão pura! O ar ficou pesado. Hoje a coisa está mais assentada. O que [leia mais]